O limite, de cem milisieverts ao ano, foi elevado para 250 milisieverts durante a crise nuclear que começou com o terremoto, em março. Nenhum dos trabalhadores, no entanto, alcançou esse novo limite de radiação, segundo a empresa responsável pela usina. Os vazamentos dos reatores de Fukushima já conseguiram ser estabilizados, mas alguns espaços internos da usina, que foram danificados pelo terremoto e pela tsunami, continuam com altos índices radiação, impossibilitando a entrada de funcionários.
Algumas centenas de trabalhadores efetuaram com dificuldades seus trabalhos em turnos rotativos na usina desde que aconteceu o desastre. A maioria deles são empregados da Tepco ou de empresas afiliadas e possuem idade mediana.
A tsunami avariou o fornecimento elétrico e os sistemas de refrigeração da usina nuclear. Os trabalhadores tiveram dificuldades para conter o vazamento de material radioativo. A empresa responsável por Fukushima afirma que poderá levar um ano inteiro para que retomem o controle total da usina.
O porta-voz da Tepco, Junichi Matsumoto, afirmou que os administradores receberam a instrução de prestarem muita atenção aos funcionários que cheguem perto ao limite de radiação tolerado. Algumas medidas a favor dos trabalhadores poderiam incluir: dispensá-los das tarefas mais perigosas, como o registro de resíduos radioativos, e realocá-los para trabalhos internos, como os administrativos.
Nos Estados Unidos, o limite de exposição à radiação é de 50 milisieverts por ano para trabalhadores de indústrias nucleares. Um indivíduo comum absorve seis milisieverts por ano de fontes naturais e artificiais, como os exames de raio X. Segundo estudiosos, está comprovado que doses acumuladas de 500 milisieverts aumentam o perigo de as pessoas desenvolverem câncer
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