Foi através do portal InfoEnem que tomei conhecimento das declarações do reitor da UFF divulgadas no site da Revista Exame sobre a não adoção de cotas raciais para 2013.
O tema é polêmico e, inevitavelmente, leva à discussão, ainda que todos concordem que o atual formato do processo de inclusão seja transitório e precise de certos ajustes.
Por mais que seja necessário resgatar uma dívida histórica contra todo um passado de opressão e segregação em relação aos negros, pardos e indígenas, quando se trata de oportunizar o acesso às universidades públicas, uma parcela também expressiva da população também não pode ser desprezada pela cor de sua pele.
Assim como o próprio sistema de admissão às universidades estaduais e federais por intermédio do vestibular sempre foi reconhecido como injusto e excludente, muita água ainda vai rolar até que chegue o dia em que não seja mais preciso reservar o mínimo de 50% das vagas para determinado segmento da sociedade. E que todos tenham condições de, durante a sua vida escolar, ter o rendimento necessário para ingressar na instituição e no curso pretendidos.
Leia abaixo o texto publicado na Exame.
Cota não será aplicada no próximo vestibular, diz UFF
O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, afirmou nesta sexta-feira (28) que a Lei de Cotas não será aplicada pela instituição no próximo vestibular.
"Os alunos vão fazer o Enem agora em novembro e eu não posso mudar a regra do jogo no meio do segundo tempo", disse o reitor, que classificou como "imposição" a tentativa de se exigir a aplicação imediata da reserva de vagas prevista na nova lei.
"Acho uma interferência. E não sou só eu, 19 federais já se pronunciaram assim. Não há ninguém que nos obrigue. Este ano o critério vai ser social", acrescentou Salles. Ele defendeu que as instituições tenham mais tempo para se adequar e que a nova regra comece a valer a partir do vestibular de 2013.
Para o reitor, a recente retomada das aulas após um longo período de greve é outro complicador. "As universidades já vinham fazendo suas políticas de inclusão, cada uma da sua maneira, e vínhamos fazendo muito bem", avaliou.
Na UFF, há cota de 25% das vagas para alunos de escolas públicas com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio, mas o edital não se refere a "cor ou raça" e exclui alunos de colégios militares, escolas técnicas e colégios de aplicação. A lei não prevê essas exclusões. "Acho uma injustiça", disse o reitor.
"Eu sempre fui a favor da cota social, porque ela vê a renda da família. Não importa a cor da pele. Então, vamos ter que criar cotas para nordestinos e para pessoas que torcem para determinado time. Pessoas de várias origens têm dificuldade, independentemente da cor da pele", argumentou.
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