Imagem capturada na Internet (Fonte:GeneAll.net)
O DIA NACIONAL DA MULHER foi sancionado pelo então Presidente da República, João Figueiredo, através da Lei nº. 6.791/80, com referência à data natalícia da mineira Jerônima Mesquita, que se destacou no quadro político e social do nosso país, principalmente, em relação à situação e o papel da mulher na sociedade brasileira.
Filha de José Jerônimo de Mesquita (Barão do Bonfim) e de Maria José Villas Boas de Siqueira Mesquita (Baronesa do Bonfim), Jerônima Mesquita nasceu na cidade de Leopoldina, em Minas Gerais, no dia 30 de abril de 1880.
Jerônima Mesquita e seus cinco irmãos ao atingirem o Ensino Secundário, partiram para estudar na Europa, sendo que ela o concluiu em Paris (França).
Casou com um primo seu, aos 17 anos, por imposição da família, com o qual teve um único filho. Dois anos mais tarde, o casal se separou e ela nunca mais voltou a se casar.
Vivendo na Europa e se dividindo entre a França e a Suíça, ela presenciou a eclosão da I Guerra Mundial (1914) e, nesta época, ingressou como voluntária na Cruz Vermelha de Paris e, depois, ajudou também na Cruz Vermelha da Suíça.
Contribuiu diretamente na implantação do Escotismo no Brasil, divulgando propaganda do Escotismo e a Fundação de uma Associação de Escoteiros em São Paulo.
Ao retornar ao Brasil, Jerônima Mesquita não se conformou com a situação preconceituosa que a mulher brasileira era submetida. Engajou-se em diversas atividades de assistência social e beneficente, tendo em vista a situação caótica da capital do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro.
Convicta de seus ideais foi, nessa época, que ela mais atuou. Junto com sua mãe e a amiga Stella Guerra Durval, Jerônima participou da Associação das Damas da Cruz Verde, oferecendo assistência às vítimas das epidemias que afligiam à cidade do Rio de Janeiro, nesta época.
Destacou-se, também, como uma das fundadoras da matriz do Hospital Pró-Matre, unidade hospitalar beneficente a gestantes carentes, pobres, localizada na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro (hoje, desativado).
Foi uma das fundadoras da Federação das Bandeirantes do Brasil, em 1920.
Sua importância ultrapassou às questões assistencialistas, uma vez que ela também colaborou, ativamente, em movimentos sufragistas, isto é, pelo direito ao voto feminino.
Amiga de Berta Lutz, ela participou da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) desde a fundação da entidade (1922) e presenciou a legalização do direito ao voto feminino, que foi assegurado através do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932.
Jerônima Mesquita faleceu no Rio de Janeiro, em 1972.