Só existem duas alternativas para o Brasil: crescer ou crescer
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Só existem duas alternativas para o Brasil: crescer ou crescer



Hoje quero falar da gente, falar do Brasil.

Não faz muito tempo que escrevi sobre o fato de o Brasil estar mudando e, passado o período eleitoral e confirmada a vitória da Dilma, acho conveniente retomar o assunto para acrescentar algumas observações.

A história nos ensina que certos males que tanto nos afligem vem de longe e, infelizmente, estão entranhados no inconsciente coletivo, principalmente quando prevalece o pensamento de que é preciso tirar algum tipo de vantagem diante da mais diversa situação.

Desde a ?descoberta?, o nosso país foi cruelmente pilhado e o grosso de nossa população sempre esteve à margem do poder de decisão.

Por outro lado, o maior receio da elite nacional, ferrenha defensora dos interesses de nossos mandatários, não podia ser outro que não fosse o pavor de perder determinados privilégios.

Fomos acostumados a agir de um certo modo. Daí surgiu o tal do ?jeitinho brasileiro?, uma maneira de driblar as adversidades com criatividade e, reconheçamos, com aquele incômodo quê de desonestidade.

É evidente que temos muitos e graves problemas, como a violência e a corrupção, só para ficar nestes dois casos, mas a desigualdade social e a má distribuição de renda são verdadeiros entraves para o pleno crescimento de nosso país.

Como caminharmos rumo ao tão sonhado desenvolvimento econômico se não resolvermos o dever de casa?

Não quero ser panfletário, como também não desejo entrar no lugar comum, mas é inevitável. Uma massa ignorante representa a manutenção de um estado de coisas. E é inaceitável para alguns que os mais carentes sejam admitidos no ?paraíso? e possam ter acesso a determinados bens.

O conservadorismo e a resistência a mudanças puderam ser vistos em toda sua plenitude durante o período de campanha eleitoral, não só da classe dominante, como também da classe média (basta observar o mapa eleitoral para comprovar isso). Muitas coisas foram ditas, só faltou se falar de maneira clara que o pobre tem mais é que se ferrar mesmo. Mas e como é que ficaria a situação das classes mais favorecidas sem a existência de uma mão-de-obra barata?

Não me julgo melhor do que ninguém, mas eu que lido, no meu dia-a-dia, com as mais diferentes realidades, consigo enxergar com clareza os dois lados da moeda. Conheço os desejos e os receios de ambos os lados.

Estamos passando por um período de transformação, e, como tal, a adaptação a um novo país não é algo que aconteça da noite para o dia. Erros estão sendo cometidos, é verdade, mas é exatamente assim que aprendemos e corrigimos os nossos defeitos.

Sou contra qualquer tipo de privilégio e assistencialismo, mas alguma coisa precisava ser feita para suprir as principais carências do nosso povo - ainda que de maneira momentânea -, até que sejam criadas as condições necessárias para integrar esse imenso contingente de pessoas à sociedade brasileira.

A fome e a miséria estão à nossa volta. Temos um dever histórico para com o Brasil. É preciso mudar não só o país, mas também as nossas cabeças e o nosso comportamento.

Ou será que é preciso que aconteça como naquela anedota em que o sujeito chega em casa e dá um flagra na mulher com o amante no sofá da sala. Buscando uma solução, o cara dá um fim ao sofá, jogando-o fora. E, como se nada tivesse acontecido, assim ficam satisfeitos gregos, troianos e até uma parcela de brasileiros.




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