Passeata dos Cem Mil, realizada no Rio de Janeiro, no dia 26 de junho de 1968
Benditos sejam todos aqueles que tombaram na luta para que você hoje pudesse exercer o seu sagrado direito de se expressar sem medo de sofrer qualquer tipo de represália ou perseguição.
Nos últimos dias temos acompanhando um turbilhão de acontecimentos que vem provocando um verdadeiro rebuliço no país. O cenário para tantas manifestações não podia ser mais apropriado: um evento esportivo de expressão internacional, quando todas as atenções estão voltadas para o Brasil.
Os jovens, principais protagonistas dos recentes protestos, vem fazendo uso das ferramentas tão suas conhecidas para expressar sua insatisfação e mobilizar um número crescente de pessoas para sair às ruas e expor suas ideias.
São essas mesmas ruas que a cada dia estão mais inseguras, que fazem com eles mesmos se tornem reféns dentro de suas próprias casas, protegidos diante de um monitor de computador e privados de respirar o ar de sua breve juventude. E por onde eles deveriam caminhar com tranquilidade, seus preocupados pais, ansiosos pelo retorno ao aconchego do lar depois de um dia estressante de trabalho, sofrem com a demora de quem tem que enfrentar um trânsito caótico ou um transporte público de péssimas condições.
Por mais que as motivações para tantos movimentos se entrelacem e se mostrem um tanto confusas, devemos lembrar que não vivemos sob uma ditadura, como muitos, propositalmente, desejam associar. O que muitos não percebem é que o "inimigo" atual não tem uma cara específica. Longe de ser um partido ou governante, esse grito de basta é contra todo um estado de coisas que somos obrigados a conviver há cinco séculos.
E por falar nisso, se para alguns surpreende a dimensão que estão dando às vaias recebidas pela presidenta Dilma na cerimônia de abertura da Copa das Confederações, no Estádio Nacional de Brasília, cá entre nós, seria muito estranho se ela fosse aplaudida de pé por aquele público que lotava o Mané Garrincha. Contrariando a velha máxima rodrigueana de que "no Maracanã, vaia-se até minuto de silêncio e, se quiserem acreditar, vaia-se até mulher nua", não precisa muito esforço pra saber que o povão não estava presente na partida de estreia de nossa seleção, assim como é mais do que sabido que os oportunistas e inocentes de plantão estão dando pulinhos de alegria com a possibilidade de detonar o atual governo, que, a bem da verdade, também tem a sua parcela de culpa.
Tudo bem que o palco agora era outro, mas seria muita idiotice generalizar. Mais do que a clareza de que estamos testemunhando a construção de um momento histórico que pode representar um rito de passagem para o amadurecimento político e o pleno exercício da cidadania do tão sofrido povo brasileiro, o importante é ter lucidez que existem outros interesses em jogo.
Viva a liberdade de expressão e o confronto de opiniões!
Se é hora do mundo ouvir que, se somos o país da hospitalidade, do samba e do futebol, também é bom que saibam que somos a nação de um povo batalhador, que enfrenta todas as adversidades para ter seu respeito e sua dignidade reconhecidos como cidadãos.
Este é o momento de mudarmos nossa postura em relação ao Brasil. O bom exemplo começa em casa. Chega dessa história de que somos um povo pacífico, que diz amém para tudo e todos, que se contenta com migalhas e festas. Chega desse complexo de inferioridade e dessa puxação de saco digna de pena em relação aos países ricos. Chega de falar mal de nossa terra. Chega de jogar contra. Afinal, já está mais do que na hora de nós mesmos levarmos o nosso país a sério. E aí, maduros, podemos criticar com conhecimento de causa e cobrar com consciência.
Benditos sejam todos aqueles que lutam por um mundo melhor.
Hoje quero falar da gente, falar do Brasil. Não faz muito tempo que escrevi sobre o fato de o Brasil estar mudando e, passado o período eleitoral e confirmada a vitória da Dilma, acho conveniente retomar o assunto para acrescentar algumas observações....
Uma partida de futebol é um espelho da vida que, como na vida erros acontece: faltas leais e desleais, gols ilegais e outros, frutos do individualismo ou de uma jogada coletiva espetacular. Em uma copa de futebol, como esta que estar à acontecer no...
Bom, chegamos a metade do ano e, daqui para a frente, muitos e grandes eventos vão acontecer: A Copa do Mundo em junho/julho e as Eleições em outubro. Sobre a Copa, sou um otimista. Penso que será e, já é, um sucesso. Mesmo que haja problemas...
Comecei este blog há mais de oito anos porque, já naquela época, achava um absurdo que praticamente todos os jornais, todas as revistas, todas as emissoras de rádio e televisão, todos os meios de comunicação, enfim, se dedicavam à gloriosa tarefa...
1º Momento: · Ouvir a música: Pacato Cidadão · Comentários sobre a mesma 2º Momento: Deixar a turma falar – ( registrar as idéias no quadro) O que é ser cidadão? 3º Momento: Concluir conceito de cidadania A história da cidadania é a história...