Regiões Metropolitanas
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Regiões Metropolitanas




A criação de uma região metropolitana não é um mero capricho de uma cidade para demonstrar que exerce um forte poder de influência sobre as cidades vizinhas ou, muito menos, para aparentar que é maior do que realmente é.

A necessidade de promover uma integração mais efetiva entre esses municípios faz com que determinadas medidas precisem ser pensadas em conjunto, ultrapassando os limites geográficos de cada cidade.

E como a intensificação do processo de urbanização provoca uma aproximação crescente entre essas cidades, o intenso fluxo de pessoas que se deslocam de seu local de residência para desempenhar suas atividades profissionais em outra, ou até mesmo buscando serviços que são inexistentes na cidade onde moram, é fundamental que sejam viabilizadas políticas públicas de forma articulada para dinamizar o funcionamento desses serviços de interesse comum.

Quando ainda morava no Rio de Janeiro, lembro de um amigo que vivia em São Gonçalo, tendo como vizinho de esquina, uma outra cidade, Niterói.

Ele dizia não compreender como a questão da infra-estrutura diferia tanto de uma rua para outra, ou melhor, de um município para o outro. E bastava caminhar uns cinquenta metros para perceber essa transformação e entrar em uma outra dimensão.

Vista de Sarandi (Maringá ao fundo).

Essas regiões densamente urbanizadas carecem que serviços básicos e essenciais, como transporte, saneamento, coleta de lixo, abastecimento, saúde pública e até mesmo segurança, funcionem de acordo com um planejamento integrado e um modelo de gestão que leve em consideração os problemas dessa comunidade socioeconômica de um modo geral, o que pode ser através de um planejamento comum ou através da execução de programas que possam conduzir até à divisão de custos de uma obra pública, por exemplo.

E no caso retratado na manchete acima, o que você diz?

A expansão desses municípios configura o chamado processo de conurbação (quando dois ou mais municípios se ?juntam? de tal forma que não podemos identificar seus limites), e também pode representar melhoras para a cidade de menor expressão, como a pavimentação de ruas das cercanias ou a utilização de redes de energia elétrica em comum.


Vale ressaltar que o núcleo central da região metropolitana pode não ser uma metrópole, mas uma cidade de metropolização incipiente, segundo a classificação do IBGE. É o caso, por exemplo, da Baixada Santista, de Florianópolis e de Maringá.

Por outro lado, quando a cidade principal da região metropolitana é uma metrópole, há metropolização plena. É o que ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, salvador, Fortaleza, Curitiba, Goiânia, Belém, Campinas e Brasília (Região Integrada de Desenvolvimento ? Ride ? do Distrito Federal e Entorno, que compreende, além de Brasília, municípios dos estados de Goiás e de Minas Gerais).

Outro detalhe que merece ser destacado é que o número de municípios que compõem cada região metropolitana é variável, e pode aumentar conforme a dinâmica da urbanização e da metropolização da região.

E, para finalizar, o IBGE define região metropolitana como ?região estabelecida por legislação estadual e constituída por agrupamentos de municípios limítrofes [que fazem fronteira um ao outro], com o objetivo de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum?.

(IBGE. Atlas geográfico escolar, 2002, p.181.)






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