Em 2060, população terá voltado a um patamar próximo ao de 2025
A população total projetada para o Brasil em 2013 foi de 201,0 milhões de habitantes, atingindo 212,1 milhões em 2020, até alcançar o máximo de 228,4 milhões em 2042, quando começará a decrescer, atingindo o valor de 218,2 em 2060, nível equivalente ao projetado para 2025 (218,3 milhões).
Idade média em que as mulheres têm filhos deve chegar a 29,3 anos em 2030
A redução esperada no nível de crescimento da população é decorrente, principalmente, da queda do número médio de filhos por mulher, que vem decrescendo desde a década de 1970. A taxa de fecundidade total (número médio de filhos por mulher) projetado para 2013 é de 1,77 filho por mulher; a projeção é de 1,61 filho em 2020 e 1,50 filho em 2030.
Além da queda do nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade da mulher também se altere, conforme já vem sendo observado na última década, em direção a um envelhecimento da fecundidade no Brasil. Segundo a projeção, a idade média em que as mulheres têm seus filhos, que está em 26,9 anos em 2013, deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.
Acre deve manter a maior taxa de fecundidade em 2030: 1,75 filho por mulher
Enquanto, em 2013, algumas unidades da Federação apresentam taxas de fecundidade muito superiores à média nacional, como o Acre, com 2,59 filhos em média por mulher, o Amazonas e Amapá, com 2,38 e 2,42 filhos em média por mulher, respectivamente, em 2030, os valores máximos da fecundidade serão de 1,75 filho, em média, para o Acre e 1,45 filho em Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Esperança de vida ao nascer para ambos os sexos deve chegar a 80,0 anos em 2041
A projeção indica que a esperança de vida ao nascer, que em 2013 chegou a 71,3 anos para homens e 78,5 anos para mulheres, em 2060, deve atingir 78,0 e 84,4 anos, respectivamente, o que representa um ganho de 6,7 anos médios de vida para os homens e 5,9 anos para as mulheres. Para ambos os sexos, a esperança de vida ao nascer do brasileiro chegará aos 80,0 anos de idade em 2041.
Razão de dependência deve atingir valor mínimo em 2022
A queda da fecundidade, acompanhada do aumento na expectativa de vida, vem provocando um envelhecimento acelerado da população brasileira, representado pela redução da proporção de crianças e jovens e por um aumento na proporção de idosos na população.
O envelhecimento afeta a razão de dependência da população, que é representada pela razão entre os segmentos economicamente dependentes (abaixo de 15 e acima de 64 anos de idade) e o segmento etário potencialmente produtivo (15 a 64 anos de idade), ou seja, a proporção da população que teoricamente deveria ser sustentada pela parcela economicamente produtiva.
As razões de dependência, que eram de 46,0 em 2013 (ou seja, cada grupo de 100 indivíduos em idade ativa teria que sustentar 46 indivíduos) atingirão o valor mínimo em 2022 (43,3) quando voltarão a subir, chegando em 2033 no mesmo nível verificado em 2013, até atingir 66,0 em 2060. O processo de redução das razões de dependência, conhecido como ?bônus demográfico? ou ?janela de oportunidade?, proporciona ao país oportunidades decorrentes de uma menor parcela da população a ser sustentada pelo grupo economicamente ativo. Contudo, quando as razões de dependência voltam a subir, esta ?janela? começa a fechar-se. No caso, a principal parcela da população a ser sustentada, anteriormente composta majoritariamente por crianças, agora passa a ser de idosos. Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade será de 26,8%, enquanto em 2013 esse percentual era de 7,4%.
Santa Catarina deverá manter a maior esperança de vida ao nascer
Na projeção para as unidades da Federação, Santa Catarina, que hoje já é a que tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos, deve se manter nessa posição, com 80,2 anos já em 2020, chegando a 82,3 anos em 2030. No outro extremo, o Maranhão terá a menor esperança de vida ao nascer em 2020, 71,7 anos. Já em 2030 essa posição deve ser ocupada pelo Piauí, com 73,4 anos.
Entre os homens, os valores de esperança de vida mais elevados, projetados para 2030, serão observados em Santa Catarina, de 79,1 anos e São Paulo, de 78,1 anos. Os valores mais baixos serão os do Piauí, de 68,8 anos e do Pará, de 70,4 anos. Entre as mulheres, os valores mais altos também serão de Santa Catarina, de 85,4 anos, seguida de Espirito Santo, com 84,7 anos. Rondônia, de 77,2 anos e Roraima, de 77,5 anos experimentarão as mais baixas esperanças de vida feminina.
Bahia deve ter maior saldo migratório negativo e Santa Catarina, o maior saldo positivo
A tendência dos volumes migratórios é de redução, em termos de saldo migratório (entrada de imigrantes menos a saída de emigrantes), a projeção indica que, em 2020 e 2030, a Bahia deve ter o saldo migratório com os maiores valores negativos, -46,6 mil e -39,3 mil, respectivamente. Nos mesmos anos, Maranhão, Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Piauí e Pernambuco também terão saldos migratórios negativos ainda expressivos, acima de 10 mil emigrantes. Já as unidades da Federação que devem ter os maiores saldos positivos, acima de 10 mil imigrantes, nos dois anos são Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo. Santa Catarina deve se manter na liderança, com um saldo de 37,1 mil imigrantes s em 2020 e 34,3 mil em 2030.
Fonte:
http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2455