Branco Sai, Preto Fica
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Branco Sai, Preto Fica



Caso o título desta postagem fosse escrito ao contrário (Preto Fica, Branco Sai), certamente que a frase ganharia uma outra conotação, transmitindo uma ideia de racismo às avessas.

Em vez de ser utilizada como uma alegoria que utilizada para chamar a atenção do leitor, a força da expressão Branco Sai, Preto Fica faz parte de uma dura realidade que traduz com todas as letras a intensidade de um pensamento que ainda hoje se manifesta através da truculência policial praticada contra os negros que habitam não só as periferias, mas também com muitos daqueles que circulam diariamente pelos mais diversos pontos de nossas cidades.

E é exatamente uma dessas histórias que é mostrada por um filme de nome tão direto quanto contundente dirigido pelo cineasta Adirley Queiróz, realizado em parceria com a distribuidora Vitrine Filmes, que vem recebido sucessivos prêmios nos mais variados festivais de cinema dos quais tem participado.


A partir de um episódio ocorrido em 1986, em que a polícia faz uma batida num baile black que acontecia no local conhecido como Quarentão, situado em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, a trama gira em torno dos protagonistas Marquinho (Marquim da Tropa) e Sartrana (Chokito), que interpretam a si próprios. Além deles, que carregam consigo as marcas da violência dos agressores, a presença de um terceiro personagem, Dimas (Dilmar Durães), que vem do futuro com a missão de elucidar o acontecido, o autor acrescenta um toque de ficção científica ao tom documental de sua obra, dando um toque de brilhantismo e originalidade em sua mensagem de repulsa a toda e qualquer forma de preconceito, segregação e opressão.


Veja a seguir a entrevista concedida pelo diretor Adirley Queirós ao canal Curta!.





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