Argentina expropria YPF
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Argentina expropria YPF



Desde garoto aprendi que os recursos energéticos são estratégicos, não só para a economia como para a própria soberania de um país. Foi exatamente por essa razão que não me causou um pingo de estranhamento o teor do decreto enviado pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na última segunda-feira, dia 16, para o Congresso declarando de interesse público a exploração de petróleo e derivados no país.

A intervenção da companhia petrolífera YPF, vendida para espanhola Repsol no final da década de 1990, está sendo declarada como uma espécie de ?recuperação? de um tradicional patrimônio argentino e prevê que a expropriação da participação acionária da Repsol seja realizada através da redistribuição do controle das ações. Ou seja, dos 51% expropriados, 26,1% passariam para o Estado Nacional e 24,99% repassados para as províncias petroleiras, permanecendo 25,4% com o grupo empresarial argentino Petersen, pertencente à família Eskenazi, 7% com a própria Repsol e, os 17% restantes, vendidos na Bolsa de Valores para os investidores interessados.

Por maior que seja a proximidade cultural entre Espanha e Argentina, a decisão da presidente Cristina Kirschner de nacionalizar a YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales) estremece as relações entre as duas nações, que possuem fortes vínculos históricos, e provoca uma série crise diplomática entre ambos.

A medida do governo argentino não representa a estatização do setor petrolífero, como também não deve ser entendida apenas como fruto de um sentimento nacionalista exacerbado de um país que deseja resgatar o seu passado de bonança econômica. Na verdade, a empresa espanhola reduziu sensivelmente a sua carga de investimentos e descumpriu uma série de exigências para operar no país platino.

Agora, começaram as manifestações vindas do chamado mundo desenvolvido. Os Estados Unidos já se pronunciaram de forma negativa às medidas apresentadas pelo governo argentino, assim como a União Europeia declarou sua total insatisfação e discordância, prometendo para breve um protesto forma junto à OMC e, não seria de se espantar, a adoção de retaliações ao país platino. Mas os nossos vizinhos parecem mesmo não se abalar com as ameaças e continuam com todo o gás (que deve ser o próximo setor contemplado), inclusive recebendo o apoio incondicional daqueles que também se opõem a esse tipo de exploração.

E se você pensa que a decisão da Argentina expressa uma postura de radicalismo que não cabe mais nos dias atuais, se olhar bem, essa dominação camuflada em serviços prestados é que não tem mais lugar em um mundo que está sendo virado pelo avesso e as velhas formas de poder estão mais do que caducas e ultrapassadas.





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