Geografia
Alemanha
ALEMANHA - País localizado na Europa. É conhecido pelas denominações: Deutschland (em alemão), Germany ou Germania (em inglês e italiano), Allemagne, Alemania, Alemanha (em francês, espanhol e português). Em Deutschland, vê-se o sufixo - and (terra) e o elemento Deutsch, que vem de Teutsch (teutos, teutões), designativo de um povo germânico que habitou a região.
Localização: Oeste da Europa
Capital: Berlim
Idioma: Alemão
População: 82.652.256 habitantes
Extensão Territorial: 357.120 Km²
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Bandeira da Alemanha |
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Mapa da Alemanha |
Em Germany e Germania, há o elemento Gehrmann ou Wehrmann, que em alemão significa "homem de guerra, homem de lança". Há em latim a palavra germani, "irmãos", pois os romanos acreditavam que os bárbaros germânicos fossem um povo irmão dos gauleses.
Em Allemagne, Alemania, Alemanha, existe a denominação gótica para os germânicos, alamans, que foi latinizado como alamanni ou alemanni. Em Alamans estão os elementos all (todos) e mann (homem), significando "todos os homens", uma referência a várias tribos reunidas.
Até onde se sabe, a região onde está localizada a Alemanha foi ocupada por povos germânicos, segundo informou Píteas de Massília, por volta da segunda metade do Século IV a.C. Mas só em fins do Século II a.C. estes povos travaram contato com o mundo greco-romano, quando teutões desceram no rumo sul, tentando invadir as terras romanas localizadas no norte da atual Itália. Foram rechaçados nas batalhas de Aquae Sextiae e Vercellae (102-101 a.C.). Júlio César reuniu legiões para combater os germânicos que ameaçavam a Gália e, para isso, cruzou o Reno, que era uma espécie de limite entre o mundo latino-mediterrâneo e o nórdico-germânico.
O imperador Augusto tentou conquistar os germânicos chefiados por Hermann (ou Armínio, na grafia latina) e foi derrotado. Por conta deste feito, Hermann é considerado o primeiro herói alemão. Posteriormente, Druso e Tibério expandiram as fronteiras romanas até o Danúbio e atingiram o Elba, mas não chegaram a incorporar aquele território ao império. De qualquer forma, uma boa parte da Alemanha esteve sobre o domínio romano, como, por exemplo, Colônia, Augsburgo e outras cidades próximas, onde foram encontrados indícios arqueológicos da presença de Roma.
A partir do Século II, a pressão das tribos germânicas sobre os domínios romanos foi aumentando. Até o Século IV, três imperadores perderam a vida em campanhas contra os bárbaros germânicos. Com o enfraquecimento do império romano, os teutos foram empurrando as suas fronteiras cada vez mais além do Danúbio. Nos Séculos IV e V, as tribos germânicas dos alamanos, bávaros, franconianos, saxões e turíngios expandiram mais ainda seus territórios. Entre o Século VI e IX, um estado franco merovíngio foi estabelecido naquelas terras, sob os reinados de Clóvis a Carlos Magno. Iniciou-se por esta época a cristianização das tribos germânicas e o estabelecimento de mosteiros em várias regiões. No reinado de Carlos Magno, em fins do Século VIII, início do IX, os saxões foram vencidos e convertidos à religião cristã. Com o esfacelamento do império carolíngio, a partir do Tratado de Verdun, surgiram diversos reinos na Germânia. Iniciava-se ali um feudalismo robusto, envolvendo ducados e principados germânicos, que surgiam a partir do desmembramento territorial, como conseqüência de partilhas sucessoriais e invasões de eslavos, normandos e nórdicos.
Em 919, Henrique I, o Passarinheiro, duque da Saxônia, inicia uma dinastia saxônica. Otto I, seu descendente, funda o Sacro Império Romano-Germânico, em 962. A partir de 1024, Conrado II inicia a dinastia tranconiana, que determinava a submissão da Igreja ao imperador. O poder papal resistiu e na Dieta de Worms, em 1122, forçou uma redução do poder imperial.
Nos Séculos XII e XIII, veio a dinastia dos Hohenstaufen, cujos principais representantes foram Frederico Barba-Roxa e Frederico II, que resistiram ao poder da Igreja e expandiram seus reinos para mais a leste.
Do Século XIII ao XV, a Germânia passa por um período de restauração do poder imperial e ao mesmo tempo os principados vão se fortalecendo. Um fato importante aconteceu no início do Século XVI: Martinho Lutero lançou a sua Reforma Protestante, contribuindo para fortalecer o poder dos senhores feudais contra a Igreja. A autoridade imperial se esfacela, os principados tornam-se independentes do poder central, naquele momento nas mãos de Carlos V, que resistiu à tentativa de tomada dos bens do clero católico pelos príncipes convertidos ao Protestantismo. A Paz de Augsburgo consagrou a liberdade religiosa e manteve a posse dos bens da Igreja nas mãos dos principados.
No Século XVII, a Alemanha está fragmentada em cerca de 350 Estados, enfraquecendo mais ainda o poder do imperador. No início do Século XIX, o Sacro Império Romano Germânico é totalmente desmembrado, desaparecendo o título de imperador germânico. Francisco II se proclama "imperador da Áustria".
De 1815 a 1866, assinala o período de reorganização de uma Confederação Germânica reunindo 39 Estados, entre os quais estão a Áustria e a Prússia, cabendo a liderança ao detentor do trono austríaco.
Em 1848, estoura uma revolução em Berlim, no esteio das revoltas na França e da disseminação das idéias de Marx e Engels. A partir de 1850, iniciam-se esforços em prol da unidade nacional alemã, que finalmente acontece em sem a Áustria. Guilherme I assume o governo do II Reich, o novo império alemão. Começo de uma era de crescimento econômico e de assentamento político sob a chancelaria de Otto von Bismarck. Em 1890, Guilherme II assume o trono como o kaiser (imperador). Aanha se uma à Áustria-Hungria e à Itália, na Tríplice Aliança. Em contrapartida, Inglaterra, França e o Império Russo formam a Tríplice Entente. Há tensão no ambiente internacional europeu. A Grande Guerra é deflagrada em 1914 onde a Alemanha se vê vencida, assinalando o fim do II Reich. O país entra em colapso econômico. As pesadas reparações de guerra pressionam a economia alemã.
Com o "Crack na Bolsa de New York", em 1929, aumenta a crise econômica na Alemanha. O Partido Nacional-Socialista (Nazi) cresce e assume o poder em 1933, com Adolf Hitler na Chancelaria. Começa o III Reich, com plenos poderes a Hitler, que consegue reerguer a economia alemã. Estoura a II Guerra Mundial. A Alemanha, que unida à Itália e ao Japão, consegue vitórias nos primeiros anos, acuando os aliados, abre duas frentes de batalha, uma a oeste, contra Inglaterra e Estados Unidos, e outra, contra a União Soviética. Hitler é derrotado em maio de 1945. A Alemanha é partida em quatro zonas de ocupação, com cada uma sendo administrada por França, Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética. Berlim, a capital, também é administrada por uma comissão dos quatro países. Após divergências entre os soviéticos e os outros aliados, a Alemanha é dividida em duas nações: a República Federal Alemã e a República Democrática Alemã, esta governada pelo Partido Comunista Alemão, sob proteção da URSS.
As duas Alemanhas só viriam a se reunificar em 1990, com o declínio do bloco socialista capitaneado pelos soviéticos. Hoje, a Alemanha tornou-se a principal economia da Europa e a segunda nação mais populosa (atrás apenas da Rússia). Desde janeiro de 1999, o governo alemão, com mais dez outros países, adotam a moeda única, o euro, na nova Comunidade Européia. Atualmente, Angela Merkel é a primeira-ministra do Parlamento alemão.
Fonte: IBGE
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