Sarajevo, capital da Bósnia, duramente castigada durante a guerra, em 1996, e totalmente renovada nos dias atuais.
Guerra da Croácia (1991-1995)
A guerra começa com as reivindicações de autonomia dos krajina ? minoria sérvia na Croácia, apoiada pelo dirigente sérvio Slobodan Milosevic.
1. Em junho de 1991, a Eslovênia proclama independência e é invadida. Depois de alguns conflitos, os sérvios retiram-se e a secessão é admitida.
2. Em agosto, a guerra chega à Croácia. Os sérvios invadem Vukovar e Dubrovnik. Na primeira, expulsam os croatas. Dubrovnik resiste.
3. A Comunidade Européia reconhece as independências da Croácia e da Eslovênia. A ONU envia uma força de paz e impõe embargo à Sérvia e a Montenegro. Os krajina, abandonados por Milosevic, são escorraçados da Croácia.
Guerra da Bósnia (1992-1995):
Um plebiscito decide pela independência da Bósnia, irritando os sérvios do país. Ao final da apuração, os sérvios montam barreiras nas estradas e isolam cidades.
1. Paramilitares sérvios, apoiados veladamente por Milosevic, atacam vilarejos muçulmanos. A ONU declara o centro do país área neutra. Conflitos sangrentos acontecem nessa região, principalmente em Sarajevo. Os dois lados fazem acusações de limpeza étnica.
2. A Otan bombardeia o país. A guerra termina com os acordos de Dayton.
O saldo: mais de 200. 000 mortos. Pelos acordos, é criado um país, formado pela Federação da Bósnia (que reúne as comunidades croata e muçulmana) e pela República Sérvia.
Guerra de Kosovo (1999):
1. Em 1998, Milosevic intensifica a repressão contra os albaneses da província autônoma de Kosovo, sob a alegação de proteger os sérvios de lá. O Exército de Libertação de Kosovo (ELK), um grupo paramilitar apoiado pela Albânia e acusado pela Sérvia de terrorismo, reage. Sérvios promovem uma "purificação étnica" contra os albaneses. As negociações de paz entre a Sérvia e o ELK fracassam.
2. A Otan realiza uma polêmica ação militar, a primeira num país europeu soberano, alegando razões humanitárias. Após 78 dias de bombardeios na Sérvia, Kosovo é ocupada por uma missão de paz da ONU.
Eslovênia, Croácia, Bósnia, Kosovo e Macedônia separaram-se da antiga Iugoslávia. Sérvia, Montenegro e a república autônoma de Voivodina sobraram. Até hoje, pelo menos...
Sérvia:
9,8 milhões de habitantes, 66% sérvios ortodoxos.
A maior nação da região viveu o esplendor na Idade Média, mas depois perdeu Kosovo para os turcos. Seu passado glorioso criou uma ideologia nacionalista.
Montenegro:
610 000 habitantes, quase todos sérvios ortodoxos.
Juntamente com a Sérvia, constitui a Iugoslávia. A região, de terreno montanhoso, escapou da dominação turca. Em 1516 era um principado, que passou a reino em 1912.
Voivodina:
2 milhões de habitantes, 70% bósnios muçulmanos.
Província autônoma que pertence à Sérvia. A localização geográfica entre Sérvia, Montenegro, Bósnia e Kosovo torna a região propícia à instabilidade política.
Kosovo:
1,7 milhão de habitantes, 85% albaneses muçulmanos.
Até a guerra, era uma província autônoma pertencente à Sérvia. Obteve a independência graças à intervenção militar da Otan. É o país mais pobre da região. Sua população é, na maioria, de albaneses convertidos ao Islã.
Croácia:
4,7 milhões de habitantes, 78% croatas católicos.
O último bastião cristão contra os turcos. Por isso, seu território abrigou, ao longo dos séculos, sérvios que fugiam do invasor. Essa minoria sérvia ? 12% ? foi o foco das tensões que levaram à Guerra da Croácia.
Bósnia-Herzegovina:
4,4 milhões de habitantes, o país é dividido entre católicos, ortodoxos e muçulmanos.
A área central da ex-Iugoslávia é habitada por diversos grupos étnicos. As feridas da Guerra da Bósnia não estão curadas ? o país foi foco de diversos massacres.
Eslovênia:
2 milhões de habitantes, 91% eslovenos católicos.
Longe da briga entre sérvios, croatas e muçulmanos, a mais homogênea das repúblicas iugoslavas só sofreu, no começo da guerra, com uma breve invasão sérvia.
Macedônia:
2 milhões de habitantes, 66% macedônios ortodoxos.
Nação criada por Tito para limitar o poder sérvio. A Grécia recusa-se a reconhecê-la por causa do nome ? alega ser herdeira do império de Alexandre o Grande. Por isso, impôs um embargo que arruinou a economia macedônia.
Fonte: super.abril.com.br
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