Há muitos anos que os norte-coreanos vêm ameaçando os vizinhos Coreia do Sul e Japão. Sempre que podem realizam exercícios militares e simulações de combate.
Não muito longe o maior parceiro comercial e investidor, a China, observa atento o vizinho belicoso.
Caso se confirme as ameaças e os países se envolvam em um conflito teremos inúmeras preocupações: a China é a economia que mais cresce no mundo, ocupa a atual 2ª posição, é uma potência militar e nuclear, seus números são impressionantes, mas nunca teve uma forte atuação militar além de suas fronteiras, e se envolver em um conflito poderá leva-lo a ruína, já que tem a maior reserva cambial em dólar do mundo (mais de US$ 3 trilhões).
Segundo. Há a Rússia, que mantém sua geopolítica na Ásia e foco no mercado europeu, desde a União Soviética que seu principal produto é o petróleo, atualmente o maior exportador do produto, e uma guerra poderia trazer ainda mais recursos financeiros, mas não em um conflito de longo prazo, pois arruinaria a recuperação de seus mercados, em função da taxa inflacionária mundial.
Terceiro. O papel que caberia aos Estados Unidos, a polícia do mundo tem poder de resposta a qualquer ataque norte-coreano em poucas horas, se não minutos. Mas um conflito envolvendo Coreia do Sul, China, Japão e Rússia fecharia as rotas do pacífico, prejudicando as exportações de grãos e outros gêneros para os países asiáticos, além de recrudescer a retomada econômica em razão do óleo mais caro.
Quarto. Não sabemos até que ponto o Japão está preparado para uma resposta, durante décadas o país foi impedido de ter forças armadas, já enviou soldados a inúmeras batalhas, principalmente em apoio tático às tropas anglo-americanas. Mas o país pode facilmente ser envolvido no conflito em razão dos trágicos crimes de guerra perpetrados pelos nipônicos contra chineses e coreanos na ocupação da Manchúria na década de 1930, que precipitou a entrada do país na Segunda Guerra.
Por fim nós brasileiros iremos ser arrastados por uma forte crise especulatória, semelhante ao que aconteceu na crise asiática da década de 1990, tendo em vista a dependência do mercado chinês em grãos e commodities minerais, principais produtos da nossa pauta de exportação.
A guerra pode não envolver tantas nações, mas as consequências são terríveis do mesmo jeito, a crise sistêmica de 2008-09 que os países ainda tentam se recuperar, será café pequeno diante das maiores dificuldades com o recuo do mercado internacional.
Essa guerra poderá finalmente ser a ruína do império do irmão do norte, retomada do centro pelos chineses, será a maior virada de banca na história da humanidade.
Demétrio Melo - 30 de março de 2013
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