Geografia
Região Geoeconômica Nordeste do Brasil
Complexo Regional do Nordeste
A região geoeconômica do Nordeste do Brasil é a área de povoamento europeu mais antigo e atualmente é a segunda do país em população e em PIB. Tem uma área de aproximadamente 1.542.271 km², o que representa 20% do território brasileiro.
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Mapa da Região geoeconômica Nordeste do Brasil. |
A maior parte de seu território é formada por extenso planalto, antigo e aplanado pela erosão. Em função das diferentes características físicas que apresenta, a região encontra-se dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas . Esta região já representou por séculos mais da metade da demografia e economia do país, mas acabou perdendo espaço.
Relevo
O relevo nordestino é caracterizado por planaltos, depressões e planícies. Na porção oeste estão localizados os planaltos e chapadas da bacia do rio Parnaíba; na região central estão a depressão que ocupa a maior parte do Nordeste (causada pelo rio São Francisco), a Chapada Diamantina (na Bahia) e, na divisa entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, a Chapada do Araripe; e no litoral estão as planícies e tabuleiros, e, numa parte leste (mas não no litoral), está o planalto da Borborema, que é um dos principais responsáveis pela seca pois impede as chuvas de chegarem ao sertão.
Hidrografia
A rede fluvial do Nordeste é composta por muitos rios temporários, que secam durante boa parte do ano. O rio principal, o Rio São Francisco, é um dos maiores do Brasil, e corta desde o sul da região, passa pelo interior e deságua no Oceano Atlântico. Ele é de extrema importância para o nordeste, pois é a salvação para milhões de habitantes do sertão nordestino. Também é muito utilizado para transporte de cargas e pessoas, irrigação de lavouras.
Clima
A Região geoeconômica do Nordeste do Brasil apresenta média de anual de temperatura entre 20° e 28° C. Nas áreas situadas acima de 200 metros e no litoral oriental as temperaturas variam de 24° a 26 °C. As médias anuais inferiores a 20 °C encontram-se nas áreas mais elevadas da chapada Diamantina e do planalto da Borborema. Existem três climas predominantes: o tropical úmido, presente no litoral do Nordeste; o tropical, presente entre o semi-árido e o litoral e em parte do Norte de Minas Gerais; e o semi-árido, presente em todo o Sertão.
O clima na região é predominantemente tropical em razão da proximidade com a linha do equador. O relevo contribui para a formação do clima semi-árido na região central, e no litoral encontramos o clima tropical úmido.
O clima tropical é caracterizado por médias de temperaturas muito elevadas, e com muitas chuvas numa parte do ano, e seca na outra parte. O semi-árido é um clima de altas temperaturas, e poucas chuvas, distribuídas de formas irregulares durante o ano. Também conhecido como polígono das secas.
Vegetação
O Complexo Regional do Nordeste tem uma vegetação que reflete quase que fielmente as características climáticas. Na área em que o clima é o tropical, com altas temperaturas o ano todo, e uma estação de seca e outra chuvosa, a vegetação encontrada é a de cerrado, caracterizada por árvores de pequeno porte e arbustos. Na faixa de terra em que se encontra o clima semi-árido, está a caatinga, bioma considerado exclusivo do Brasil. As altas temperaturas e a pouca quantidade de chuvas faz com que a vegetação tenha um aspecto semi-desértico, com cactos e plantas adaptadas às estiagens (xerófilas, herbáceas, arbustos, etc). A caatinga é também vegetação variada, encontrando-se formas de vegetação mais herbáceas, arbustivas ou arbóreas, a depender das condições climáticas e de solo da região. Na zona oeste se encontra a Mata dos Cocais, onde a proximidade com o clima equatorial ajuda um maior desenvolvimento das plantas. Uma das fontes de renda das pessoas dessa região é a extração de babaçu (das palmeiras de babaçu) e os coqueiros de carnaúba. Por final, no litoral, onde o clima dominante é o tropical úmido, caracterizado por altas temperaturas também, e altas taxas pluviométricas (em decorrência da grande evaporação de água, por conta do calor). Nela está o tipo de vegetação mais devastado do Brasil, a Mata Atlântica.
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