Geografia
Por que os meteorologistas erram tanto?
Por que os meteorologistas erram tanto?
por Texto Solon BrochadoOk, a gente está sendo injusto. Como todos que são fiscalizados com muita atenção ? a barriga das celebridades, o técnico da seleção ?, a previsão do tempo tem seus deslizes supervalorizados. A verdade é que ela melhorou muito, passando de 50% de acerto há 25 anos (o equivalente a tirar cara ou coroa) para atuais 90% de precisão para hoje e amanhã. Mas os 10% restantes lembram que a meteorologia não é uma ciência exata. Tanto que o último passo do processo é justamente um chute ? baseado em cálculos complexos e análise exaustiva de milhares de informações, mas um chute, fruto do feeling do meteorologista.
A lógica da previsão do tempo ainda é a mesma de quando ela surgiu, no século 19: coletar o maior número de dados sobre o clima, no maior número de lugares e horários possível, e extrair deles o melhor prognóstico. A diferença está nas novas formas de coletar dados (aviões, radares etc.) e compartilhá-los (internet). Além disso, surgiram as previsões numéricas, modelos matemáticos complicadíssimos que simulam o clima. ?Foi uma revolução. Com essas equações, pode-se obter projeções seguras para o futuro?, explica Lincoln Muniz Alvez, meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), órgão federal responsável pela maior parte das previsões que você vê na mídia brasileira.
Com dados meteorológicos e modelos matemáticos na mão, basta alimentar os supercomputadores que eles dizem na hora se vai chover ou não, certo? Não. Devido à natureza literalmente caótica do clima, o máximo que o computador oferece são probabilidades.
Cabe ao meteorologista analisar os cenários e, levando em conta sua experiência e conhecimento da região, usar seu feeling para eleger a previsão mais confiável.
Será que vai dar praia?
Conheça tudo que está por trás de uma simples previsão do tempo
1. Máquinas do tempo
Móveis ou fixas, são milhares coletando dados por todo o globo.
Avião
Cada um deles é um laboratório voador. Aeronaves comerciais também dão uma mão, coletando dados meteorológicos durante seus vôos.
Balão
Normalmente, faz medições entre a superfície da Terra e a estratosfera, a uns 21 km de altura. Fica à deriva por vários dias.
Estação meteorológica
São instalações repletas com os mais modernos aparelhos de medição das variáveis climáticas. Podem ser automáticas ou convencionais, gerenciadas por uma equipe de técnicos.
Satélites
Tiradas de 850 km de altura, suas fotos são um retrato fiel da atmosfera. Os satélites NOAA-12 e NOAA-14 atravessam o Brasil de norte a sul ? o primeiro foi lançado pelos EUA em 1959.
Bóias
Fundamentais para entender as correntes marítimas, ficam no meio do oceano e transmitem seus dados via satélite. Há 700 dispersas pelos mares do mundo.
Radar
Usado principalmente para observar as chuvas, em até 400 km à sua volta. Ele consegue detectar tornados e furacões. Geralmente, fica em locais de grande altitude.
2. Deuses da chuva
Entenda os fatores da equação meteorológica.
Pressão atmosférica
Ajuda a prever frentes frias. Se for baixa, quase sempre significa mau tempo.
Temperatura do ar
Medida globalmente: regiões frias influenciam as quentes, e vice-versa.
Umidade relativa
Indica a possibilidade de chuva e estiagem.
Direção dos ventos
Quando vários convergem, podem alterar todo o quadro.
Precipitação
Mede-se a quantidade de chuva, assim a intensidade e duração.
Temperatura do mar
Determina padrões climáticos globais, como El Niño e La Niña.
Cobertura de nuvens
A distribuição e o tipo das nuvens dizem como o clima vai andar.
Ondas
São observadas principalmente para emissão de alerta em caso de agitação marítima.
3. Tudo com ele
Munido dos dados meteorológicos, fotos de satélite, previsões numéricas, supercomputadores, sua experiência e o conhecimento do clima de determinada região, o meteorologista faz seu chute ? a previsão que sai na mídia. Para um ou dois dias, o acerto é de 90%. De 3 a 8 dias, vai caindo até 60%. Acima de 7 dias, deixa de ser confiável.
Revista Superinteressante
-
El Niño Provoca Chuvas No Sul E Calor Intenso Nas Outras Regiões, Diz Inmet
Enquanto moradores de cidades dos estados da Região Sul do país, especialmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sofrem com as fortes chuvas e tempestades de granizo, os habitantes das demais regiões buscam formas de se proteger do sol, enfrentar...
-
Geografia - Sugestão De Atividade Para Sala De Aula: Meteorologista Por Um Dia
Essa atividade foi criada por educadores norte-americanos e está publicada no site
internacional da Microsoft. Está adaptada à realidade brasileira e
detalhada em um plano de aula completo.
"Nesta atividade, os alunos vão ser Meteorologista...
-
Plano De Aula Da Revista Nova Escola Para Trabalhar A Climatologia
Bons ventos para estudar as propriedades de clima e tempo Este plano de aula está ligado à seguinte reportagem de VEJA: Tempo bom? Leve o guarda-chuva - 15/03/2000 Objetivos Identificar as diferenças conceituais entre clima e tempo meteorológico...
-
Verão 2011
Férias finalmente! E aí, o que você vai fazer neste verão, que começa hoje oficialmente? Então leia sobre a condição do tempo nas diferentes regiões brasileiras .... O verão de 2011 terá temperaturas acima da chamada normal climatológica,...
-
Clim@ua
O Grupo de Meteorologia e Climatologia da Universidade de Aveiro (CliM@UA) é constituído por docentes e bolseiros do Departamento de Física da Universidade de Aveiro. O CliM@UA® encontra-se integrado na linha de investigação Qualidade da Atmosfera...
Geografia