Um povo pobre num país pobre Hoje em dia os mouros constituem a maioria da população da Mauritânia, nação paupérrima do ocidente da África, predominantemente desértica, criada pelos europeus, aparentemente sem levarem em consideração os diferentes grupos tribais que viviam na região há séculos. Além da pobreza, hostilidades tribais e raciais têm causado tensões internas, bem como com os vizinhos do norte e do sul, respectivamente Marrocos e Senegal. Conflitos sociais A Mauritânia é um Estado Islâmico, cujas instituições deram alguns passos em busca da democracia, numa sociedade constituída de um rígido sistema de castas. No topo se encontram os mouros brancos, constituindo um terço da população. Mantêm as rédeas do poder político e social e controlam os poucos recursos existentes no país. Os mouros brancos tratam com desprezo os negros, mas historicamente têm sido seus protetores. Os mouros negros são descendentes de escravos que vieram da África subsaariana. A diferença é mais social do que racial. O restante da população se constitui de não-mouros, africanos negros que foram dominados pelos mouros, às vezes pela violência. Apesar de por lei não existir a escravidão, ela existe de fato. A tensão social entre estes vários grupos é cada vez maior.
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