Menor cavalo-marinho do mundo está ameaçado de extinção | ||||||
Vazamento de petróleo no Golfo do México devasta seu hábitat | ||||||
por John Platt | ||||||
O vazamento de petróleo em um poço da BP ocorrido este ano no Golfo do México pode levar o menor cavalo-marinho do mundo à extinção, alerta a Sociedade Zoológica de Londres e a organização de conservação marinha chamada Project Seahorse. O cavalo-marinho (Hippocampus zosterae), de no máximo 2,5 cm, pode ser encontrado apenas nas águas do oceano da costa do golfo. "Todas as populações de cavalo-marinho da região estão ou serão afetadas, mas o cavalo-marinho-anão tem o maior risco de extinção, pois grande parte do seu hábitat tem sido devastado pelo desastre", conta Amanda Vincent diretora do Project Seahorse. De acordo com o Project Seahorse, o cavalo-marinho-anão é particularmente vulnerável, devido ao seu pequeno tamanho, hábitat limitado, dificuldade para migrar grandes distâncias e baixa taxa de natalidade. Esses peixes ficam com seus companheiros durante a vida inteira, por isso mesmo a perda de um pai é duplamente perigosa para a saúde das espécies no longo prazo reprodutivo. E o derrame de petróleo em águas profundas ocorreu durante o tempo reprodutivo desses cavalos-marinhos. Outro problema é que o cavalo-marinho-anão, ao contrário de outros, muitas vezes vive perto da superfície do oceano em tapetes flutuantes de algas marinhas. Além de o petróleo ter acumulado nesses tapetes, a BP queimou muitos deles para impedir que o óleo chegasse as praias. De acordo com o Project Seahorse, "a queima das esteiras já matou muitos animais marinhos, enquanto privam outros de seu hábitat e os expõe à toxicidade. A ?grama? do mar é vital para a saúde em longo prazo dos ecossistemas costeiros, abrigando animais marinhos como um viveiro de peixes, melhorando a qualidade da água?. Os cavalos-marinhos-anões, também conhecidos como "duendes", são aquisições caras para os aquaristas. Um site os vende por US$ 75 cada e avisa aos clientes que são "muito delicados" e "só para especialistas." Scientific American Brasil |