Imagem capturada na Internet (Fonte: PasseiWeb )
No Brasil, a construção da primeira estrada de ferro brasileira coube ao brasileiro, Irineu Evangelista de Souza (posteriormente, Barão de Mauá), que recebeu a concessão do Governo Imperial para construir uma linha férrea, no Rio de Janeiro, ligando a Baía de Guanabara ao sopé da Serra da Estrela, no caminho à cidade de Petrópolis, em 1852.
Após a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, em 1854, com 14,5 km de extensão, outras foram construídas na região Nordeste (região de canavial) e no planalto paulista (região de cafeicultura).
Sendo assim, historicamente, a segunda ferrovia a ser inaugurada em nosso país foi a Recife-São Francisco, no dia 8 de fevereiro de 1858. No entanto, esta ferrovia não chegou a atingir até a localidade, prevista, do rio São Francisco, mas contribuiu para o desenvolvimento das cidades em seu trajeto e, também, a constituir o primeiro tronco da futura ?Great Western? (ferrovia que ligaria Recife a Limoeiro).
A terceira ferrovia, também no Rio de Janeiro, foi a Estrada de Ferro D. Pedro II, inaugurada em 29 de março de 1858, com trecho inicial de 47,21 km, ligando a Estação da Corte do Império a Queimados. Em 1889, esta se transformou na Estrada de Ferro Central do Brasil, um dos principais eixos de desenvolvimento do Rio de Janeiro e do país.
Ainda no Século XIX, foram construídas e inauguradas as ferrovias: a Estrada de Ferro Bahia ao São Francisco (28/06/1860), a primeira ferrovia construída na Bahia (a mais antiga); a ferrovia Santos-Jundiaí que foi inaugurada no dia 16 de fevereiro de 1867, que - desde então - liga estas duas cidades passando pela estação da Luz, na capital paulista; a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, inaugurada em 11 de agosto de 1872, ficou conhecida pelo seu alto padrão de qualidade no atendimento ao público. Ela foi idealizada por um grupo de fazendeiros, negociantes e capitalistas interessados em obter um meio para o escoamento da produção do café cultivado no interior do estado de São Paulo.
A política de incentivos à construção de ferrovias, adotada desde o Governo Imperial perdurou até a década de 20 do Século XX, caracterizando a chamada ?Era das Ferrovias?. Contudo, com a descoberta do petróleo e o desenvolvimento da indústria automobilística (II Revolução Industrial), as ferrovias ? até então valorizadas ? passaram a perder incentivos diante desta nova fonte de energia e com a construção de estradas de rodagem (rodovias).
Com isso, entre 1940 e 1960, é verificada uma estagnação no setor ferroviário, com a redução de investimentos em ferrovias e, até mesmo, a desativação de muitas.
No Brasil, este processo também ocorre pelas mesmas causas. Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 e 1961), a indústria automobilística e a construção de rodovias passaram a ser prioridades tanto em termos políticos (interesses do governo), econômicos quanto de integração nacional. As ferrovias foram suplantadas pelas rodovias em um longo processo, o qual deu continuidade nas décadas de 60, 70 e 80 e, continua até hoje, mesmo com a expansão das linhas de metrô em várias cidades brasileiras.
No Brasil, pode-se observar através do mapa, que a grande parte da malha ferroviária se concentra nas regiões sul e sudeste. E esta, hoje em dia, predomina para o transporte de cargas.
Não resta dúvida que, a partir da crise do petróleo na década de 70 (Século XX) e das inovações tecnológicas no setor, verificou-se certa reativação do transporte sobre trilhos, sobretudo, nos países desenvolvidos. Trens mais modernos e velozes, o trem bala, o próprio metrô, o turbotrem e outros modelos passaram a competir com outros modais de transportes, inclusive o aéreo, em termos de grandes distâncias.
Exemplos: os trens-bala atingem a velocidade de quase 300 km/h, o turbotrem chega a atingir, também, a velocidade de 300 Km/h, enquanto o hovertrem atinge até 400 Km/h.
Para estes tipos de trens, mais velozes, as malhas viárias precisam ser planejadas para alta velocidade, apresentando poucas curvas sinuosas e estações distantes entre si.
Vantagens:
- Modal eficiente, econômico e seguro;
- Atendimento a curtas, médias e longas distâncias;
- Adequado para grandes distâncias;
- Baixo custo de manutenção;
- Pouco poluente;
- Elevada eficiência energética e baixo consumo energético por unidade transportada;
- Grande capacidade de carga com menor custo de seguro e frete;
- Menor índice de roubos/furtos e acidentes em relação ao transporte rodoviário.
Desvantagens:
- Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga;
- Alto custo em sua implantação (o sistema como um todo);
- Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha;
- Encontra muita dificuldade em percorrer áreas de aclive e declive acentuado;
- Ocasiona o reembarque (transbordo) de mercadorias para que as mesmas possam chegar no seu destino.
Imagem capturada na Internet (Fonte: BIT) ?
Observação: Para encontrar maiores informações acerca das ferrovias, por região brasileira, acesse o site do BIT (Ministério do Transportes) e clique no mapa. Acesse AQUI!
Fontes de Consulta
. Banco de Informações e Mapas de Transportes ? BIT
. Blog Crowmatec
. Material Didático particular
. Portopédia
. Techoje