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O fundador da Khan Academy, professor
Salman Khan,
e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falam com a
imprensa
após encontro com a presidenta Dilma Rousseff (José Cruz/
Agência Brasil) |
?Desta forma, você poderá assistir a aula de qualquer professor em
qualquer universidade do Brasil. Se quer um tema específico, entra lá e
assiste a palestra. Serve para complementar o curso que está fazendo e
isso vai multiplicar a capacidade pedagógica de aprendizagem. A
iniciativa não substitui a universidade, não substitui a certificação
que é o diploma, mas ajuda a reforçar o processo de aprendizagem?,
explicou o ministro.
Mercadante explicou que as universidades terão autonomia para decidir
se querem participar do projeto. O assunto, segundo ele, já foi
discutido com reitores e foi recebido com ?simpatia?.
O ministério promoveu hoje um seminário sobre educação digital, que
teve a participação do professor norte-americano Salman Khan, autor de
mais de 3,8 mil videoaulas na internet, com 200 milhões de acessos. No
evento, Khan defendeu o uso da educação digital como forma de
democratizar o acesso ao ensino de qualidade. ?O conteúdo ao qual o
filho dos mais ricos tem acesso pode ser dado aos menos servidos de
educação. Queremos tornar a educação, não em algo escasso, mas em um
direito humano que todas as pessoas possam ter?, disse.
Graduado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, sigla em
inglês) e com MBA pela Universidade de Harvard, Khan trabalhou no
mercado financeiro antes de se tornar conhecido no mundo virtual por
postar aulas sobre matemática, física, biologia, química e outras
disciplinas, o que o levou a criar uma organização acadêmica, a Khan Academy.
Na avaliação de Khan, ferramentas tecnológicas otimizam o tempo dos
professores em sala, contribuem para ampliar o contato com os alunos e
estimulam o aprendizado individualizado.
Cerca de 400 aulas do professor foram traduzidas para o português pela
Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos. O material deverá
integrar o conteúdo dos tablets a serem distribuídos neste ano pelo MEC aos professores do ensino médio, informou Mercadante. As aulas podem ser acessadas gratuitamente na internet.
?É mais uma opção que o professor tem para ver boas aulas, práticas
didáticas exitosas e isso vai enriquecer o repertório dele. Se o
professor e a rede municipal ou estadual tiverem interesse de utilizar
de uma forma mais intensa, o MEC está disposto a apoiar, não só essa
plataforma, mas outras similares?, explicou o ministro.
16.01.2013 - 18h49 | Atualizado em 16.01.2013 - 19h59
Edição: Carolina Pimentel