Geografia
IBGE lança a segunda edição do Manual Técnico da Vegetação Brasileira
Novo Manual da Vegetação Brasileira: informações essenciais para estudo e proteção da biodiversidade
Com a segunda edição do Manual Técnico da
Vegetação Brasileira ? obra de referência para estudo, mapeamento e
pesquisa da vegetação no Brasil ?, o IBGE torna públicas as metodologias
que utiliza nesse tipo de investigação e amplia o conhecimento na área.
A publicação incorpora os mais recentes avanços na pesquisa sobre a
cobertura vegetal no país: novos conceitos e informações, fundamentais
para a elaboração de políticas de manejo e conservação da biodiversidade
brasileira, inclusive de criação de mais unidades de conservação.
O Manual, desenvolvido por engenheiros
florestais, engenheiros agrônomos, biólogos, naturalistas, geógrafos e
geólogos, representa a fusão de duas publicações anteriores do IBGE ? a
Classificação da Vegetação Brasileira, Adaptada a um Sistema Universal (1991) e o Manual
Técnico da Vegetação Brasileira (1ª. edição, 1992). A nova edição,
ilustrada com 55 figuras, 4 quadros e 110 fotografias, está dividida em
quatro capítulos: sistema fitogeográfico; inventário em formações
florestais e campestres; técnicas e manejo de coleções botânicas; e
procedimentos para mapeamento.
O conjunto dessas informações está disponível (em
pdf) no portal do IBGE na internet e no CD-ROM que acompanha a
publicação, acessível através do seguinte link:
ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursos_naturais/manuais_tecnicos/
manual_tecnico_vegetacao_brasileira.pdf
O primeiro capítulo do Manual contém o histórico e a
evolução das classificações da vegetação, conceituações, terminologias,
sistemas primários e secundários e a legenda do sistema fitogeográfico
adotada pela equipe de vegetação do IBGE.
Em razão das mudanças de conceitos e dos
conhecimentos acumulados nos últimos 20-25 anos, o capítulo passou a
conter um novo tipo de vegetação: a Floresta Estacional Sempre Verde; uma nova tipologia na Campinarana (vegetação típica da região do Alto Rio Negro, na Amazônia): a Campinarana Arbustiva; inclusão, na Savana-Estépica (Caatinga,
terminologia mais tradicional e regionalista da vegetação
característica do Nordeste), da presença ou não de palmeiras; mais um
contato entre tipos de vegetação; novos tipos de Áreas Antrópicas; e uma
nova unidade de mapeamento, as Áreas sem Cobertura Vegetal.
No segundo capítulo são descritos os tipos de
inventário, as técnicas de amostragem, as etapas de um inventário
florestal e a metodologia para levantamento do potencial lenhoso/arbóreo
de formações campestres. Essencial para a quantificação dos estoques de
carbono na vegetação, esse levantamento é importante para avaliação dos
impactos do desmatamento na emissão de gases de efeito estufa e para a
valoração de florestas, no caso de concessões para exploração de
madeira.
O capítulo que trata das técnicas e manejo de
coleções botânicas descreve a coleta, herborização, etiquetagem,
processamento e manutenção de amostras vegetais em herbário. Num país
com o tamanho e a diversidade biológica do Brasil, a criação e a
manutenção de herbários são fundamentais para o registro e o estudo da
vegetação.
No último capítulo são descritos os procedimentos
para mapeamento, desde a interpretação das imagens até a elaboração do
produto final. O mapeamento, e sua permanente atualização, são
importantes para o manejo e a preservação da biodiversidade, bem como
para a quantificação dos estoques de recursos naturais do país.
Interior da Floresta Estacional Sempre-Verde das Terras Baixas,
parcialmente alterada (MT)
Com uma abordagem mais abrangente que a edição
anterior, principalmente no capítulo sistema fitogeográfico, o novo
Manual objetiva dar, aos técnicos e usuários, uma visão histórica e
evolutiva dos estudos de vegetação no Brasil. Visa também a contribuir
para a uniformização dos critérios e da terminologia adotados na
classificação. As técnicas apresentadas ampliam o conhecimento da
vegetação brasileira, subsidiando seu manejo, a preservação da
biodiversidade, a valoração e a quantificação dos estoques de recursos
naturais e a avaliação dos impactos que sua destruição pode causar.
Fonte: IBGE
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