Rio de Janeiro, 22 ago (EFE).- A geração de energia eólica no Brasil crescerá 600% nos próximos três anos, desde os atuais 1 mil megawatts até 7 mil megawatts em 2014, impulsionado entre outros fatores, pela instalação no país das maiores empresas estrangeiras do setor, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia eólica é responsável atualmente por 0,9% da potência elétrica instalada do país, que é de 110 mil megawatts. Contudo, nos últimos anos foram concedidos contratos que permitirão aumentar a geração eólica em cerca de 5,7 mil novos megawatts até 2014, afirmou o presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, em um debate nesta segunda-feira em São Paulo sobre o setor energético.
Tolmasquim assegurou que os investimentos em geradores eólicos nos últimos anos, principalmente no nordeste do Brasil, elevarão ainda mais a participação das usinas renováveis na matriz energética do país, que seguirá sendo dominada pelas hidrelétricas.
Tomalsquim acrescentou que a crise econômica na Europa está favorecendo o Brasil devido a que muitas empresas europeias que constroem geradores eólicos estão instalando usinas no país para atender o crescimento da demanda brasileira. O presidente da EPe assegurou que quatro empresas já fabricam geradores eólicos no Brasil e outras quatro anunciaram sua intenção de montar usinas no país.
A participação das empresas europeias na geração de energia eólica no Brasil foi evidente no leilão de eletricidade organizada pela Aneel na semana passada na qual foram contratados 1.929 megawatts de energia eólica, hidráulica e térmica a gás natural e biomassa que serão fornecidos a partir do 2014.
No leilão destacaram as empresas europeias, entre as quais está a fabricante espanhola Gamesa, que em julho inaugurou sua primeira fábrica de aerogeradores na América Latina.
Igualmente, destacou a empresa de energias renováveis Enel Green Power (EGP), filial do grupo energético italiano Enel, que adjudicou três contratos para fornecer 193 megawatts de energia eólica.
EFE