Imagem capturada na Internet
Aproveitando a última postagem acerca dos tufões que atingiram o sudeste asiático, gostaria de comentar sobre este tipo de fenômeno meteorológico.
E, para quem não sabe, tufão e furacão são nomes diferentes aplicados para o mesmo fenômeno (ciclones tropicais).
Estes são chamados de ciclones tropicais, primeiro devido a sua natureza ciclônica, ou seja, ligados às áreas de baixa pressão e, segundo, porque se ocorrem nas regiões tropicais, assim como por se originarem de massas de ar tropicais marítimas.
Os furacões ou tufões se referem às mais fortes tempestades ciclônicas que ocorrem na natureza, com ventos muito fortes (velocidades superiores a 119 Km/hora), podendo apresentar um formato superior a 1.000 metros de diâmetro.
O uso de diferentes terminologias (furacão e tufão) se dá em função da região, onde estes se formam e ocorrem.
De acordo com a subdivisão da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os tufões ocorrem na parte ocidental do oceano Índico, no Pacífico Norte e no Mar da China (costa chinesa, o Japão, as Filipinas, a ilha de Taiwan, a ilha norte americana de Guam, as Filipinas, a Coréia, o Vietnã e a parte da Indonésia).
Os furacões, por sua vez, ocorrem no Atlântico Norte (EUA) e no mar do Caribe, assim como no Oceano Pacífico (Hawaí, costa oeste dos EUA e do México).
Daí, os termos tufão e furacão são, na verdade, sinônimos. Podemos dizer que todo furacão ou tufão é um ciclone tropical, mas - devido às diferenças na velocidade dos ventos e da força das tempestades - nem todo ciclone tropical é um furacão.
Há outros exemplos de fenômenos meteorológicos de baixa intensidade incluídos nos ciclones tropicais, como depressão ou tempestade tropical, cuja variação da velocidade dos ventos pode chegar a 117 Km/h.
Velocidades dos ventos superiores a esta faixa já se encaixam na categoria de furacão.
Por isso, tenho uma preocupação em não colocar os três termos como sinônimos. Eu posso dizer, sim, a respeito de furacão e tufão.
Os furacões (ou tufões) possuem o mesmo princípio de formação, isto é, são gerados sob condições de águas oceânicas quentes, em temperaturas acima 27ºC (regiões tropicais).
Por serem formados sobre grandes massas de água morna (mares costeiros e/ou oceanos), as primeiras áreas a serem afetadas durante o deslocamento destes são as ilhas e as regiões costeiras.
Apresentam um formato circular, com diâmetro variando de 450 a 650 km. Em sua área central localiza-se o chamado "olho do furacão", livre de nuvens e relativamente tranquilo, com ventos muito leves.
O maior problema reside no turbilhão que o cerca, pois os ventos são mais fortes, podendo variar de 119 Km/h até uma intensidade superior a 249 Km/h.
Imagens capturadas na Internet
Em razão de sua estrutura de funcionamento, além dos ventos fortes, ocorrem chuvas torrenciais, assim como - na superfície oceânica- ondas tempestuosas e altas.
Como a sua fonte de energia são as águas quentes do mar ou do oceano, os furacões quando atingem os continentes perdem sua força, transformando-se numa tempestade tropical. Mas, o seu poder destrutivo pode ainda provocar grandes prejuízos materiais e vítimas fatais. Em geral, as chuvas torrenciais provocam inundações, enchentes.
Como mencionei, a velocidade dos ventos dos furacões são superiores a 119 Km/h, podendo ultrapassar os 249 Km/h e, sendo assim, o poder de destruição deles vai variar de acordo com a velocidade dos ventos.
Não podemos esquecer, também, que os prejuízos em termos de desmoronamento de edificações (casas, pontes, viadutos etc) também podem estar relacionados ao tipo de material empregado nas construções (material de baixa qualidade).
Imagens capturadas na Internet
Escala Saffir-Simpson
Criada no início da década de 70 (Século XX), a Escala Saffir-Simpson é utilizada para medir a intensidade dos furacões de acordo com a velocidade dos ventos.
Sua denominação advém dos nomes de seus criadores, o engenheiro Herbert Saffir e Bob Simpson, antigo diretor do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Herbert Saffir - Imagem capturada na Internet
Robert Simpson - Imagem capturada na Internet
A Escala Saffir-Simpson classifica a intensidade dos ventos em 5 categorias, a saber:
. Categoria 1
Descrição: Danos mínimos
Velocidade dos ventos: 119 - 153 km/h
Efeitos: As ondas provocadas pela tempestade aumentam entre 1,3 e 1,5 metros acima de seu nível normal. Não há riscos reais nas estruturas. Há riscos menores para trailers soltos e queda de pequenas árvores. Alguns outdoors mal construídos podem ser arrancados. Também alguns alagamentos podem ser percebidos próximos à costa, bem como alguns desmoronamentos.
. Categoria 2
Descrição: Danos moderados
Velocidade dos ventos: 154 -177 km/h
Efeitos: As ondas erguem-se entre 1,8 e 2,45 metros acima de seu nível normal. Causa danos em telhados, janelas e portas, podendo arrancá-los. Danos consideráveis em árvores e arbustos. Algumas árvores podem ser arrancadas. Sérios danos em trailers, barcos ancorados e outdoors. Duas horas antes da chegada do olho do furacão diversos alagamentos são verificados. Pequenos barcos em ancoradouros desprotegidos rompem suas amarras.
.Categoria 3
Descrição: Danos extensos
Velocidade dos ventos: 178 -209 km/h
Efeitos: Um grande furacão. As ondas alcançam até 3,7 metros. Danos em estruturas de pequenas residências. Árvores de grande porte podem ser arrancadas. Trailers e outdoors são destruídos. Locais de baixadas são alagados 3 horas antes da chegada do centro da tempestade. Os alagamentos próximos à costa arrasam pequenas propriedades. Pode ser requerida a evacuação da áreas mais baixas.
. Categoria 4
Descrição: Danos extremos
Velocidade dos ventos: 210 -249 km/h
Efeitos: As ondas alcançam 5,5 metros. Destelhamento completo em pequenas residências. Árvores, arbustos e outdoors são arrancados. Destruição completa de traillers. Grandes danos em portas e janelas. Lugares baixos são inundados em até 3 horas antes da chegada do olho do furacão. Áreas 3 metros acima do nível médio do mar podem ser inundadas, requerendo massiva evacuação das áreas residencias distantes até 10 km da costa.
. Categoria 5
Descrição: Danos catastróficos
Velocidade dos ventos: acima de 249 km/h
Efeitos: Corresponde ao nível máximo da escala. As ondas são acima de 5,5 metros. Destelhamento total da maioria das casas e prédios industriais. Algumas casas são arrastadas com a força do vento. Todas as árvores, arbustos, outdoors e luminosos são arrancados. Grandes danos nas áreas baixas localizadas a menos de 4,5 metros acima do nível médio do mar. Grandes inundações até 500 metros de distância da linha da praia. Evacuação total nas áreas até 16 km da costa.
Fonte: Apolo 11
Com a elevação da temperatura da Terra associada ao fenômeno do Aquecimento Global, os cientistas são categóricos quanto ao aumento na frequência e intensidade dos fenômenos meteorológicos, como furacões e outros (tornados, tempestades tropicais etc.).
De acordo com os estudos realizados, desde 1995, tem-se verificado um aumento de furacões no Atlântico Norte (em média, 14 furacões por ano).
Os furacões necessariamente surgem sobre o oceano, pois dependem de duas coisas: a forte condensação de vapor d'água em altas atitudes e a presença de água quente na parte de baixo, que ajudará a alimentar o sistema. O processo de condensação...
Wanderlei Zandoná e Damião B. Farias Os ciclones sãos redemoinhos de ventos que iram em tornos dei um centro de baixa pressão, isto é, um local onde o ar quente, que é mais leve, elevou-se, sendo substituído pelo ar frio das proximidades. O sentido...
Beatriz Santomauro 1. Ciclones e furacões têm a mesma formação. Sua origem é no mar, quando as águas atingem 27 ºC na superfície e evaporam. 2. O vapor de água aquecido sobe para as camadas mais frias, se condensa e forma nuvens densas de tempestade....
Foto reprodução/GoogleSe você acha que o tornado é o evento atmosférico mais violento que pode ser produzido pelo sistema climático da terra, com certeza podemos lhe assegurar que o furacão é certamente o maior.O tamanho real de um furacão varia...
A palavra ?furacão? tem origem entre os maias (povo que habitava a América Central antes da chegada dos conquistadores espanhóis, no final do século XV). De acordo com a mitologia maia, Huracan era o deus responsável pelas tempestades. Os espanhóis...