Estatizar... pero non mucho.
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Estatizar... pero non mucho.




O presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou nesta terça-feira a compra de ações, no montante de US$ 250 bilhões, de inúmeras instituições bancárias, com recursos que já haviam sido previstos no pacote anticrise de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso. Leia a matéria completa aqui.

A compra torna o governo acionista das instituições, o que, na prática, equivale a uma nacionalização parcial do sistema financeiro. De acordo com o jornal americano "
The wall Street Journal", que cita uma fonte ligada às negociações, o governo dos EUA planeja adquirir, entre outros, "blocos de ações preferenciais [que não dão ao portador direito a voto dentro da empresa, mas tem prioridade em distribuições de dividendos e reembolso do capital investido] de nove instituições de primeira linha".

O que a matéria não diz é que, na realidade, os EUA estão estatizando (palavra proibida no jargão liberal) bancos e instituições financeiras, na contra-mão do capitalismo.

Para Noam Chomsky, professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das mais renomadas instituições de ensino superior dos EUA, se o governo norte-americano assumisse publicamente algumas de suas ações como "estatizações", poderia abrir espaço para que os cidadãos do país também passassem a reivindicar o poder de interferir na condução do sistema. Isso porque "em princípio, o governo representa o público", diz.

Segundo Chomsky , nós vivemos numa cultura altamente ideológica na qual "estatização" é uma palavra que põe medo, como "socialismo" (ou, para muitos, até "liberal"). A propósito, esse é um assunto sério. Se o Wells Fargo compra o Wachovia então tudo fica dentro do setor privado - ou seja, dentro do sistema de tirania privada no qual o público não tem voz, em princípio. Dentro do sistema ideológico isso é chamado "livre mercado" e "democracia".


Se [Henry] Paulson dá dinheiro público para bancos mas sem o direito de tomar decisões dentro dessas instituições, trata-se de um distanciamento da tirania pura chamada "liberdade", mas não muito. Se o governo adquire ações com poder de decisão dentro dos bancos, há sempre o risco de o público então também poder interferir - uma vez que, em princípio, o governo representa o público. Essa ameaça de democracia é muito mais severa para ser aceitável dentro do sistema doutrinário reinante.




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