Desabafo: A geografia que amo está me tirando o sossego da alma
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Desabafo: A geografia que amo está me tirando o sossego da alma


Imagem capturada da Internet (Fonte: O Dia On Line)?



Não sei se a tristeza que me aperta o peito é um reflexo e consequência apenas dos atos criminosos que se espalharam pela cidade do Rio de Janeiro ou das lembranças da impotência diante da perda do meu pai pela própria violência urbana, a mesma e mais intensa, hoje, a qual nos coloca como vítimas permanentes.

Vivemos numa Cidade Maravilhosa, cujo povo é feliz, mas que aos poucos estão sendo sucumbidos seja pela geografia da criminalidade seja pela sandice e barbárie humana movida pelos efeitos e comércio rentável de drogas ilícitas.

Estamos vivendo e assistindo uma verdadeira guerra civil. Na verdade há tempo ela já havia sido anunciada, só nós que não queríamos ter que admitir.

Alguns alegam que este discurso é sensacionalista, com o intuito de produzir o medo na sociedade; outros - por sua vez ? reagem de forma bastante passiva, pois o seu dia a dia sob o fogo cruzado no embate entre policiais e criminosos já elevou a situação a um grau de banalidade rotineira.

Mas, um grande percentual da população tem consciência da gravidade e teme pela situação vigente e pelas possíveis consequências.

Moro na Penha e, da minha janela, tenho a vista da  Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, mais conhecida como Igreja da Penha, com seus 365 degraus.

É triste ter a fé sem poder chegar perto da janela, pois os tiros disparados do outro lado da linha férrea, na Vila Cruzeiro (favela integrante do Complexo do Alemão) chega a fazer efeito dentro de casa. O barulho das balas e dos helicópteros sobrevoando ratificam a situação de guerra em que estamos vivemos.

Este pode significar o "fim" da violência na cidade do Rio de Janeiro, com a incursão efetiva da polícia e de outras forças militares, com a instalação de mais uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) ou o começo de uma onda maior de violência por parte do crime organizado, dos traficantes de drogas.

Esperamos que seja a primeira, mesmo sabendo que o fim é uma utopia. Mas, de qualquer maneira, a população está em risco permanente, até mesmo dentro de casa.

Fico imaginando o quanto deve ser angustiante para quem mora nestas comunidades, sem opção concreta de sair e vivenciando lado a lado com o perigo... Talvez a minha imaginação não consiga retrata e avaliar no mesmo patamar da sensação.

Estamos em guerra! Guerra não só ligada à geografia dos conflitos urbanos, do narcotráfico, do crime organizado, mas também de valores humanos, onde a vida de um inocente não vale nada.

Eu amo a minha cidade e a sua geografia, seja esta física ou humana, mas com os conflitos urbanos e a violência crescente, tenho que admitir as palavras do meu marido... Não dá mais para viver no Rio de Janeiro.

Espero poder mudar de opinião e achar graça da ideia desmedida...





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