Dados do IBGE confirmam que violência mata mais homens jovens
Geografia

Dados do IBGE confirmam que violência mata mais homens jovens



Para cada mulher de 20 a 24 anos vítima de causas violentas, país perde quatro rapazes
ALESSANDRA DUARTE

Por causa da violência, para cada mulher entre 20 e 24 anos que morre no Brasil, o país perde quatro homens na mesma faixa etária. Em Alagoas, o primeiro do ranking, morrem oito homens nessa faixa para cada mulher. O registro de óbitos foi uma das principais novidades do Censo de 2010, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez, o órgão incluiu no questionário a pergunta sobre se algum integrante da família havia morrido.
A pesquisa registrou um total de 1.034.418 óbitos no país de agosto de 2009 a julho de 2010. Foram 133,4 mortes de homens para cada 100 de mulheres. É, porém, nas faixas de 15 a 19 anos, 20 a 24, e 25 a 29 que o número de óbitos de homens é bem maior. No grupo de 20 a 24 anos, 80,8% dos que morrem são homens.
- Todas as políticas voltadas para a redução da violência devem mudar esse quadro, porque os jovens do sexo masculino morrem em número muito maior pelas chamadas causas externas (homicídios e acidentes de trânsito). Políticas, por exemplo, como um maior controle para se evitar que pessoas alcoolizadas dirijam - afirmou a presidente do IBGE, Wasmália Bivar.
Alagoas é o estado em que mais homens morrem, em relação às mortes de mulheres: enquanto a média do Brasil é de 419,6 óbitos de homens para 100 de mulheres de 20 a 24 anos de idade, em Alagoas são 798 óbitos de homens para cada 100 de mulheres. A Paraíba vem em segundo, com 581,6 mortes de homens para cada 100 de mulheres. No Sudeste, estão acima da média nacional o Rio (476,7 por 100) e o Espírito Santo (466,9 por 100).

Subregistro de mortes de crianças
Além de medir o impacto da violência nas famílias brasileiras, o registro de óbitos do Censo também mostra a evolução do quadro socioeconômico do país, ao contabilizar as mortes das crianças menores de 1 ano, grupo considerado o mais vulnerável a condições de vida precárias. A comparação do Censo com os registros de óbitos do Registro Civil de 2009, também do IBGE, mostra ainda que os dados do Censo, em regiões como o semiárido do Nordeste, chegam a ser quase 300% maiores, apontando o subregistro das mortes de crianças no país.
O Censo registrou 3,4% de mortes de crianças menores de 1 ano no país - queda de 85,4% em relação aos dados do Registro Civil de 1980, quando esse percentual era de 23,3%. Segundo o IBGE, a redução foi devido à melhora no acesso à saúde, por exemplo. No entanto, apesar da queda, o Censo de 2010 aponta que morrem por dia, em média, 96 crianças menores de 1 ano.
Além disso, todos os estados do Norte estão acima da média nacional - enquanto todos os das regiões Sudeste e Sul estão abaixo. A distância entre as áreas urbana e rural também é grande: no grupo de 1 a 4 anos, o percentual rural é 118,9% maior.
Na comparação com os óbitos do Registro Civil, o Censo registrou, no Maranhão, número de mortes de bebês menores de 1 ano 276% maior. No Amapá, a diferença é de 92%. Em todo o país, no grupo de 1 a 4 anos, o Censo traz um registro 30,6% maior.
- A discrepância é maior em áreas de população ribeirinha e no semiárido. É pelo baixo registro das mortes em cartório, que é o que baseia o Registro Civil. Mas, no Norte, um cartório cobre uma área média de 6 mil quilômetros quadrados, enquanto, no Sudeste, um cartório cobre 324 quilômetros quadrados. Nas regiões pobres e mais distantes, a criança nasce e não é registrada, morre e continua sem registro. É como se não tivesse existido - diz o pesquisador do IBGE Fernando Albuquerque. - É claro que esse subregistro prejudica, por exemplo, as políticas de saúde para essas áreas.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/dados-do-ibge-confirmam-que-violencia-mata-mais-homens-jovens-3256278#ixzz1gXOURcGT
Jornal O Globo




- A População Brasileira Esta Mais Velha E Cresce Menos
O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil, divulgada nesta sexta-feira (29/4) pelo IBGE. Os dados mostram ainda que...

- Mortalidade Infantil Tem Queda Recorde Na Década
Nordeste teve maior redução no período; Brasil ainda está longe dos padrões dos países mais desenvolvidos, de cinco mortes por mil nascidos vivos ou menos Luciana Nunes Leal e Wilson Tosta, do Rio  A taxa de mortalidade infantil teve...

- País Tem 94,8 Homens Para Cada 100 Mulheres
Em 2009, havia 94,8 homens no país para cada 100 mulheres. É a chamada razão de sexo, que vem declinando devido à mortalidade masculina mais alta. Entre as regiões metropolitanas, a menor razão de sexo estava em Recife (85 homens para cada cem mulheres)...

- Queda Da Mortalidade Infantil E Aumento Da Esperança De Vida Revelam Melhora Geral Das Condições De Vida Da População
A ampla cobertura de vacinação para doenças como poliomielite e tuberculose, além da redução de aproximadamente 75% no número de crianças de até 5 anos de idade desnutridas, melhoria do nível educacional das mulheres, mostrados no IDS 2010,...

- Expectativa De Vida E Mortalidade Infantil No Brasil/2010
" Em 2009, a esperança de vida ao nascer no Brasil alcançou os 73,17 anos e segundo Revisão 2008 da Projeção da População do Brasil, poderá chegar a 81,29 anos em 2050. Já a mortalidade infantil caiu de 69,12 para 22,47 óbitos por mil nascidos...



Geografia








.