Talvez seja por isso que recebi Como o futebol explica o mundo de presente da minha filha. Ela me conhece e sabe que o casamento entre futebol e globalização dá enredo para uma boa história.
De cara gostei desse Franklin Foer. Parece mesmo ser um cara de visão.
Se ele não tivesse a coragem de assumir a sua preferência pelo soccer na terra do beisebol, do futebol americano e do basquete, tenho certeza que não desprezaria, como muitos de seus compatriotas, a força de um esporte que é praticado nos mais distantes pontos da Terra, movimentando montanhas de dinheiro e despertando os mais profundos sentimentos de seus seguidores.
Como não podia deixar de ser, tenho que dar a minha alfinetada.
Se o mundo inteiro gosta de futebol, menos os Estados Unidos, quem será que está errado, o mundo ou os Estados Unidos?
Como ainda não li o livro publicado em 2005, vou me ater apenas à sinopse divulgada pela editora. Depois que terminar a leitura, prometo que volto para dizer o que achei.
O futebol é mais do que um esporte, ou mesmo um modo de vida, abrange questões complexas que ultrapassam a arte do jogo. Envolve interesses reais, capazes de arruinar regimes políticos e deflagrar movimentos de libertação.
Os clubes de futebol espelham classes sociais e ideologias políticas, e frequentemente inspiram uma devoção mais intensa que as religiões. Para realizar esse amplo e perspicaz trabalho de reportagem, Franklin Foer viajou o mundo - da Itália ao Irã, do Brasil à Bósnia - analisando o intercâmbio entre o futebol e a nova economia global. E acabou por derrubar mitos, ao verificar que em vez de destruir as culturas locais, como preconizava a esquerda, a globalização deu nova vida ao tribalismo, e que, longe de promover o triunfo do capitalismo apregoado pela direita, fortaleceu a corrupção.
Investigando os bastidores desse esporte, Foer apresenta uma vasta e por vezes quase inverossímil galeria de personagens - um hooligan inglês, filho de uma judia com um nazista, que devotou sua vida à violência; mulheres que frequentam os estádios iranianos; os cartolas do futebol brasileiro; uma torcida organizada sérvia que se transformou em brutal unidade paramilitar.
As histórias colecionadas - extravagantes, violentas, engraçadas, trágicas - ilustram desde o choque de civilizações à economia internacional e revelam como o futebol e seus fiéis seguidores podem expor as mazelas de uma sociedade, sejam elas a pobreza, o anti-semitismo ou o fanatismo religioso.
Original, inteligente, escrito com paixão e humor, o livro nos ajuda a compreender nossa turbulenta época.
?Uma arrebatadora análise da luta do futebol para se entender com as forças do livre comércio, as multinacionais e o imperialismo cultural. ... Foer admite no início do livro que é um perna-de-pau. Pode ser. Mas quando se trata de escrever sobre futebol, ele é um craque.?
Newsweek International
?O jogo mais popular do mundo tornou-se nas mãos do jornalista Franklin Foer um esporte extremamente intelectualizado e de suma importância para a política internacional.?
Ideias/ Jornal do Brasil
Sobre o autor: Franklin Foer é redator do New Republic e colaborador assíduo da revista Slate. Seus textos já foram publicados em diversos outros órgãos de imprensa, como o New York Times e o Wall Street Journal.
Autor: FOER, FRANKLIN
Tradutor: MEDEIROS, CARLOS ALBERTO
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: ZAHAR
Páginas: 223
Assunto: ESPORTES E LAZER - FUTEBOL
Edição: 1ª
Ano: 2005
http://www.zahar.com.br/imprensa/r0911.pdf
Pra finalizar, o mais interessante é que há tempos já falo sobre isso em minhas aulas. Agora percebi que tem mais gente jogando no meu time.
Obrigado, Natália. Você marcou um gol de placa!