Sendo assim, casais que violassem a lei, tendo mais de um filho, eram punidos com multas ou, em alguns casos, perdiam até o emprego.
Esta imposição de um filho único acendeu, por sua vez, a preferência para o filho do sexo masculino, acarretando - consequentemente - o desequilíbrio entre a população masculina e feminina no país, cujas implicações foram sentidas ao longo do tempo e, hoje, se configura como um grande problema social.
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Fonte: R7 Notícias
Assim como gerou, também, atitudes desumanas sobre o sexo feminino, na maioria das vezes, forçadas ? sob a forte pressão do Estado - como abortos seletivos (quando o exame comprova que o bebê é dosexo feminino), o infanticídio (ato de matar a recém-nascida durante ou logo após o parto) e o abandono de crianças.
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Fonte: Comedia Globale
Por parte do Governo chinês, medidas como a esterilizações em massa foram promovidas com a intenção de reduzir a população.
Em 2013, a referida legislação sofreu alteração, quando o governo chinês autorizou que casais poderiam ter dois filhos se, ao menos, um dos cônjuges fosse filho único.
Os resultados desta política de planejamento familiar, a princípio, foram positivos para a economia do país, pois a China conseguiu obter e aliar o seu crescimento econômico (ascendente) com o baixo crescimento demográfico. Em outras palavras, a imposição da política do filho único permitiu priorizar e direcionar os recursos do Estado para outros setores produtivos.
Mesmo apresentando uma população elevada, durante todo este tempo, capaz de mantê-la com o título de país mais populoso do mundo, calcula-se que a ?política do filho único? evitou que cerca de 400 milhões de crianças nascessem ao longo das últimas décadas de sua vigência, o que provocaria uma população absoluta na ordem de mais de 1,7 bilhão de habitantes.
Todavia, com o passar dos anos, as baixas taxas de natalidade e de fecundidade do país resultaram em um quadro preocupante. Os problemas foram sentidos tanto em termos do rápido envelhecimento da população quanto a nível de mercado de trabalho em razão da redução de sua População Economicamente Ativa (PEA).
Ou seja, o envelhecimento demográfico implicará na desaceleração da economia do país, tendo em vista o baixo do número de pessoas em idade produtiva (PEA) em face da relação desigual entre os contribuintes (menor número de jovens no mercado de trabalho) versus pensionistas (maior número de aposentados).
E, sob este contexto, não devemos esquecer que a China é a segunda maior economia do mundo, só perdendo para os EUA.
De acordo com os últimos dados oficiais publicados, neste ano, o percentual da população idosa(acima de 60 anos) aumentou de 13,3% (2010) para 15,5%, enquanto o número da População Economicamente Ativaapresentou queda em 2011. Estima-se que, até 2050, mais de ¼ da população terá uma idade superior a 65 anos.
Em razão desta conjuntura, as mudanças implantadas na política de planejamento familiar da China, em outubro do ano em curso, permitindo que casais tenham dois filhos foi, segundo especialistas, uma saída paliativa para reverter a situação do país.
De acordo com os mesmos, ela chegou tardiamente e, a curto prazo, não terá muito impacto sobre a questão da escassez de mão de obra no mercado de trabalho e quanto ao fenômeno do envelhecimento da população.
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Fonte: Monte Castelo SC
Fontes de Consulta