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(Fonte: Blog do Planalto)
A VII Cúpula dos países-membros dos BRICS está sendo realizada na cidade de Ufá, na Rússia. Os representantes dos cinco países emergentes integrantes do Grupo, isto é, do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (acrônimo do BRICS), como a presidente Dilma Roussef, estão reunidos para discutir, entre outras coisas, a crise da Ucrânia (conflito entre o governo e os separatistas), o terrorismo internacional, a cibersegurança (sobretudo, em face à questão da espionagem norte-americana), as migrações e as reformas do Conselho de Segurança da ONU e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com as reportagens referentes a este evento, a crise grega deve fazer parte das discussões ?não oficiais? da reunião (não consta na pauta oficial da Cúpula), tendo em vista não só a importância da discussão, mas também pelo apoio russo à Grécia.
Do mesmo modo deverão ser discutidos a situação atual da crise econômica e financeira mundial, que teve início em 2008, nos EUA, cujos reflexos não só respondem pela crise na Grécia e os demais países da chamada Zona do Euro (grupo dos países da União Europeia que adotaram o Euro como moeda única), como também nos respectivos países-membros dos BRICS, sobretudo, o Brasil e a China (segunda maior economia do mundo, superada apenas pelos EUA).
A China, inclusive, foi manchete nos principais meios de comunicação, impresso e on line, nos últimos dias, em razão da queda da bolsa de valores diante dos riscos de um estouro da bolha no país.
Como principal parceiro comercial de diversos países no mundo, a situação vulnerável da China -diante de uma forte crise em seu território - representa consequências diretas não só aos países desenvolvidos, como os EUA e os da União Europeia, como também às nações emergentes, como o Brasil, por exemplo.
A crise em nosso país já está sendo sentida mais fortemente no aumento das taxas de desemprego, no fechamento de várias lojas, empresas e indústrias, assim como na elevação dos juros bancários, de financeiras, entre outros aspectos intrínsecos a este período de instabilidade.
Como é sabido, o desaquecimento da economia global ? sob efeito dominó em um mundo globalizado ? tem reflexos em todos os setores da economia, da política e da sociedade, tanto internamente quanto em suas relações comerciais (exportação versus importações).
E, para os países-membros dos BRICS, a preocupação em termos comerciais recai não só nos produtos de exportação industrializados, mas nos chamados commodities (o termo em inglês é empregado como sinônimo de mercadorias de baixo valor agregado e/ou como produtos agrícolas, minerais, outros tipos de matéria prima etc.), já que a balança comercial dos mesmos ainda têm um grande percentual de venda de produtos primários.
O momento é de incertezas e de grande instabilidade...
No ano passado, mais especificamente, no dia 15 de julho de 2014, durante a VI Cúpula realizada em nosso país (Fortaleza, Ceará), os BRICS oficializaram a criação de um ?Banco Central? do grupo, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), visando promover uma maior cooperação financeira entre os seus países-membros, inclusive, o objetivo principal de financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento. O NBD surge como alternativa em relação à atuação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). A sede do NBD ficará em Xangai, na China.
Espera-se, também, que durante a realização da VII Cúpula, sejam anunciados dos nomes dos funcionários de alto nível do referido banco.
Fontes
. Jornal O GLOBO (impresso, várias edições)
. Wikipedia
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