Iztapalapa, o populoso e carente distrito da capital mexicana
Nem tudo são flores no México.
Depois de falar que o crescimento da economia mexicana tem empolgado investidores, analistas e profetas de ocasião na postagem intitulada E lá vem o México!, a matéria abaixo, senão serve para desanimar, pelo menos mostra que, assim como acontece no Brasil, a concentração de renda, mais do que o chamado "mal de Montezuma", é o maior entrave para o pleno desenvolvimento do país deixado como herança pelo imperador asteca.
Cerca de 467 mil mexicanos entraram para a pobreza em 2012
Entre janeiro e setembro deste ano, cerca de 467 mil mexicanos entraram para a pobreza, segundo um estudo do Observatório Salarial da Universidade Latino-americana de Puebla.
De acordo com o coordenador do estudo, Miguel Reyes, o poder aquisitivo no México reduziu 32% nos últimos seis anos. No entanto, durante o mesmo período, o salário mínimo registrou um acréscimo de cerca de 4%, os produtos básicos, como o feijão, aumentaram 15,58% e os demais, como o ovo, cresceram 48,98%.
"Com os aumentos de preços, observamos quase meio milhão a mais de pobres do que tínhamos em janeiro. É uma situação constante: mesmo com programas sociais, o número de pobres cresceu em 3 milhões desde 1992", disse Reyes.
Segundo um comunicado divulgado recentemente pelo Banco Mundial, entre os paises emergentes mais importantes, o México é o mais atrasado no combate à pobreza e desigualdade social.
Para o especialista da Escola de Negócios do Instituto Tecnológico de Monterrey, Juan Sherwell, o México "tem dificuldades em solidificar sua classe média, pois o gasto público não atua de forma completamente eficiente".
Fonte: americaeconomiabrasil.com.br
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