A televisão me deixou burro, muito burro demais...
Geografia

A televisão me deixou burro, muito burro demais...



Até que ponto as emissoras de TV agem de acordo com os princípios da ética, sem comprometer ou manipular as informações por elas veiculadas?

Será que os canais de televisão nossos conhecidos são capazes de jogar sujo para criar campanhas sujas, difamatórias e altamente tendenciosas, distorcendo ou omitindo fatos e acontecimentos, com a mais deslavada intenção de induzir seus espectadores a pensar que aquilo que está sendo dito corresponde à realidade ou ao bem comum?

Todo mundo está cansado de saber que a qualidade da programação das TV's abertas chega a ser um insulto à nossa inteligência, mas você já parou para pensar se a busca por anunciantes e audiência coloca em xeque o mais do que sagrado compromisso com a verdade?

Debate final na disputa presidencial de 1989

Depois da invenção do videotape, meu caro, tudo passou a ser possível no mundo de faz de conta televisivo. A edição se transformou em uma poderosa arma formadora de opiniões. Exemplos, os temos aos montes, como no último debate presidencial entre Lula e Collor, em 1989, e na campanha global a favor das privatizações de FHC, que mostrava constantemente em seus noticiários que tudo o que era público representava má administração e prejuízo, como se o sucateamento de algumas de nossas estatais não fosse proposital.


O início da série da HBO, The Newsroom, criada por Aaron Sorkin, logo de cara nos brinda com a cena em que o apresentador do telejornal de sucesso News Night, do fictício canal Atlantis Cable News (ACN), Will McVoy (interpretado por Jeff Daniels), participa de um debate onde é feita a seguinte pergunta: "Why America is the greatest country in the World?"

A ilustração que utilizo para falar sobre o papel da televisão na sociedade contemporânea se deve ao fato de que o âncora do mencionado telejornal é conhecido por não manifestar suas opiniões em relação às notícias por ele anunciadas. A partir do momento em que Will McVoy, pressionado, expressa o que realmente pensa sobre os Estados Unidos serem o melhor lugar do mundo para se viver, a aparente "frieza" do protagonista dá lugar a uma postura crítica, participativa e incisiva, que se refletem não só no formato do programa e nas relações com a sua equipe, mas, principalmente, com um público condicionado a não saber lidar com aquilo fora do convencional.

Mas aí é uma outra história. Qualquer semelhança não é mera coincidência.



E como no Geografia e tal quase tudo acaba em música...





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