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O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é comemorado, hoje, dia 1º de dezembro, desde outubro de 1987.
A data foi uma decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e teve como objetivos reforçar a solidariedade, a tolerância e a compreensão para com as pessoas infectadas com o vírus HIV.
No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.
O preconceito e a discriminação contra as pessoas infectadas ainda se mostram bem elevados. Mesmo diante das informações, divulgadas nas mídias, a respeito do vírus, das formas de contágio, tratamento etc.
As barreiras encontradas são grandes para aqueles que se encontram infectados ou, ainda, para s parentes mais próximos, que vivem diariamente com o doente. Os estigmas resultam pela falta de conhecimento, mitos e medos.
O Brasil já é conhecido, mundialmente, pelo modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que é considerado uma referência pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Mas, não restam dúvidas que muitas pessoas desconhecem ou sabem pouco acerca da AIDS. E isso acaba sendo preocupante.
No mês passado, no dia 11 de novembro, a Turma 1801 assistiu uma peça teatral sobre o Vírus HIV no Retiro dos Artistas. Alguns alunos chegaram a comentar a respeito da peça e de sua mensagem.
Interessante seria que as Secretarias de Educação (Municipal e Estadual) promovesse nas escolas, encontros, debates, peças teatrais sobre a temática em si, bem como outras de interesse coletivo, sejam de caráter preventivo e/ou apenas esclarecedor.
De acordo com Vida e Saúde (Terra), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) afirma que, todos os dias, no mundo, há mais de 6.800 novas contaminações pelo vírus HIV.
E que no Brasil, de 1980 a junho de 2009, foram registrados 544.846 casos no Brasil, segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (Ministério da Saúde). Este, ainda, afirma que durante esse período, mais de 200 mil pessoas morreram em consequência do vírus HIV/AIDS.
Para este ano (dados computados até 30 de junho de 2009), o Boletim Epidemiológico Aids/DST indica que 8.157 homens e 5.501 mulheres receberam o diagnóstico positivo no país, sendo que a maioria na faixa etária de 40 a 49 anos.
Contudo, na comparação entre 2008 (20.744 em homens, e 13.733, em mulheres) e 2007 (20.496 em homens e 13.411, em mulheres), a ocorrência tem se mantido estável.
Outro aspecto a ser observado é que em 1986, os registros marcavam 15 casos em homens para cada um em mulheres. A partir de 2003, este quadro estabilizou-se, sendo para cada 15 diagnósticos em homens, haviam 10 em mulheres. O que chama mais a atenção é que, entre 13 e 19 anos, o número é maior entre as meninas, numa relação de 10 contra 8 em meninos.
Como alguns alunos, inclusive, de outras turmas já haviam me perguntado acerca da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e hoje se comemora o Dia Mundial de Combate à AIDS, estou compartilhando - neste espaço - a entrevista publicada na Saúde (Terra) com infectologista Munir Akar Ayub, professor da Faculdade de Medicina do ABC.
A entrevista segue na íntegra.
1 - Aids e HIV são a mesma coisa
Mito - O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). No entanto, há muitas pessoas soropositivas (com o vírus) que vivem durante anos sem desenvolver a síndrome e apresentar seus sintomas, como febre prolongada, emagrecimento, falta de apetite, cabelo ralo.
São notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de Aids no país por ano. Em relação ao HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas.
2 - HIV pode passar pelo beijo na bocaVerdade - Apesar de ser uma afirmação verdadeira, segundo o médico, a possibilidade de alguém ser infectado pelo vírus durante o beijo é mínima e existe apenas se tiver com um ferimento grande na boca, como logo após uma cirurgia de extração de dente. Situação incômoda que, venhamos e convenhamos, não dá condições e nem ânimo para trocar esse tipo de carinho, não?
3 - Toda criança que nasce de mãe com HIV tem o vírusMito - Bebês que nascem de mães soropositivas têm 17% de chances de serem contaminadas caso a mulher não tome as medidas de prevenção necessárias, segundo o infectologista. Quando as segue à risca, a possibilidade cai para 0,5%.
Durante o pré-natal, toda gestante tem o direito e deve realizar o teste de HIV. Quando o problema é identificado, entre as recomendações estão o uso de drogas antirretrovirais, o parto cesariano e a suspensão do aleitamento materno, substituindo-o por leite artificial (fórmula infantil) e outros alimentos, conforme a idade da criança. "No parto normal, o filho tem contato com a secreção da vagina, o que aumenta o risco de transmissão."
4 - Ninguém morre de Aids
Verdade - A doença pode deixar a pessoa muito debilitada, o que abre espaço para outras patologias. Estas sim têm a chance de levar o infectado à morte. Portanto, a pessoa não morre de Aids, mas em decorrência dela.
5 - O uso de preservativo impede a transmissão do vírus
Verdade - Se o preservativo não estourar, estiver dentro do prazo de validade, for armazenado do modo adequado e usado de maneira correta, impede a transmissão. Pesquisas indicam que o rompimento do produto deve-se muito mais ao uso incorreto do que à falha estrutural.
Abra a embalagem da camisinha com cuidado, nunca com os dentes ou objetos cortantes que possam danificá-la. Coloque-a no pênis somente quando estiver ereto. Aperte sua ponta com o intuito de retirar o ar e, só então, a desenrole até a base do órgão sexual. Após a ejaculação, retire-a com o pênis ainda ereto, fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma vaze. Nunca a utilize mais de uma vez.
Certifique-se de que contenha a identificação completa do fabricante ou do importador. Observe as informações sobre o número do lote e a data de validade e verifique se a embalagem traz o símbolo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). Não utilize preservativos que estejam há muito tempo guardados em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luva de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento.
6 - Fazer tratamento com os coquetéis impede totalmente a manifestação da doença
Mito - O tratamento impede em boa parte dos casos. Mas, às vezes, os medicamentos podem não ter o efeito esperado em determinados pacientes, ou o portador começa a tomá-los muito tarde e torna mais difícil o processo.
7 - A probabilidade de uma mulher contrair HIV é maior que a de um homem.
Verdade - A mulher é mais vulnerável por ficar mais tempo em contato com a secreção sexual. O esperma ainda pode ser encontrado no colo de seu útero de 24 a 48 horas após a relação.
8 - Há pessoas imunes à Aids
Talvez - Algumas prostitutas na África não adquirem o problema mesmo sem o uso de preservativos. Elas estão sendo estudadas, mas ainda não se chegou a uma conclusão quanto à possível imunidade.
9 - O vírus é transmitido apenas em relações sexuaisMito - O HIV também pode passar com o compartilhamento de seringas e agulhas; transfusão de sangue contaminado; reutilização de objetos perfuro-cortantes com presença de sangue ou fluidos com o vírus; durante o parto normal.
10 - O coquetel oferecido após caso de abuso sexual elimina as chances de contrair HIV
Mito - O coquetel não impede por completo, mas diminui muito o risco: cerca de 90%.
11 - Equipamentos de salão de beleza não esterilizados passam HIV
Verdade - Objetos perfuro-cortantes com presença de sangue podem transmitir o vírus, sim. Basta que sejam lavados com água e sabão para eliminar esse risco.
12 - Ter relação sexual sem camisinha com alguém infectado significa 100% de chance de contrair o vírus
Mito - A relação sexual sem camisinha com alguém infectado oferece 0,3% de risco de contrair o vírus, como disse o médico. "Se tem uma segunda relação, sobre para 0,6%; uma terceira, para 0,9%, e assim por diante. Em casos de estupro, a pessoa fica sensibilizada e a chance é maior."
13- O grupo de risco não abrange adolescentes e mulheres com mais de 50 anos
Mito - Qualquer pessoa pode ter a doença, desde que tenha comportamentos de risco, como relação sexual (homo ou heterossexual) com pessoa infectada e sem o uso de preservativos; compartilhamento de seringas e agulhas; transfusão de sangue contaminado pelo HIV; reutilização de objetos perfuro-cortantes com presença de sangue ou fluidos com o vírus.
No começo da epidemia, pelo fato de a Aids atingir principalmente os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, eles eram considerados grupos de risco. Atualmente, fala-se em comportamento de risco, já que o vírus passou a se espalhar de forma geral, sem se concentrar em grupos específicos.
14- O portador de HIV tem de separar todos seus pertences pessoais dos de seus familiares
Mito - O vírus da Aids pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno. Dessa forma, a convivência deve ser normal, sem que haja a necessidade de separar os pertences, mas não compartilhe objetos perfuro-cortantes.
15 - O portador do HIV não está apto para o mercado de trabalho
Mito - Os soropositivos podem viver normalmente, mantendo as mesmas atividades físicas, profissionais e sociais de antes do diagnóstico. O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, informou que têm o direito de manter em sigilo a sua condição sorológica no ambiente de trabalho, como também em exames admissionais, periódicos ou demissionais.
Se o fato de ter HIV for motivo de demissão, o portador pode buscar na Justiça seus direitos por ser vítima de discriminação, desde que apresente provas. Pode ainda propor ação trabalhista, com pedido de liminar, para ser imediatamente reconduzido ao cargo, com o pagamento de todos os salários referentes ao período de seu afastamento (corrigidos monetariamente); e o pedido de ressarcimento moral e anulação em definitivo do ato rescisório do contrato de trabalho.
Caso a demissão esteja relacionada a outros motivos, como faltas seguidas injustificadas e cargo extinto, não há nenhum meio de proteção, assim como para qualquer trabalhador.
Fontes:
Terra: Vida e Saúde
Velhos Amigos
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