Grupo vai atravessar 3,2 mil km do continente gelado durante o inverno. Objetivo é levantar fundos para organização que ajuda pessoas cegas.
Uma equipe de exploradores vai cruzar a Antártica em pleno inverno, durante os próximos seis meses. Eles partiram nesta segunda-feira (7) rumo ao continente gelado a bordo de um navio reforçado contra baixas temperaturas, o chamado "SA Agulhas".
A missão, um "dos últimos desafios polares a serem vencidos", de acordo com agências internacionais, visa levantar US$ 10 milhões para financiar a organização "Seeing is Believing", uma instituição que trabalha com pessoas cegas.
Navio 'SA Agulhas', que leva grupo de exploradores até a Antártica (Foto: Alexander Joe/AFP) Os cinco exploradores devem atravessar a Antártica a pé, a maioria do tempo em plena escuridão total. A meta é percorrer 35 km por dia, ao longo de 273 dias, até chegar ao ponto final em setembro, a base McMurdo.
Um dos principais exploradores, o britânico Ranulph Fiennes, de 68 anos, declarou a agências internacionais que esta é a primeira tentativa de cruzar a Antártica durante o inverno, quando as temperaturas chegam a 90 ºC negativos.
"Fazemos expedições há 40 anos e batemos muitos recordes no mundo. Na Antártica, já quebramos dois, em 1979 e 1992, mas foram durante o verão. Ninguém nunca fez viagens no inverno, partimos em direção ao desconhecido", disse ele.
Fiennes escalou o Monte Everest aos 65 anos e é considerado pelo Guinness, o chamado livro dos recordes, como o maior explorador vivo. É possível que o grupo não possa receber ajuda na maior parte da expedição, já que durante oito meses os navios não conseguem circular pela Antártica, devido ao inverno rigoroso.
Embarcação segue para continente gelado, onde cinco exploradores pretendem passar os próximos meses (Foto: Alexander Joe/AFP) "Vamos levar mantimentos suficientes para um ano e teremos ainda um médico na nossa equipe. Utilizaremos todos os dispositivos conhecidos de calefação e novos aparelhos respiratórios", disse Fiennes. A previsão é que o grupo percorra cerca de 3,2 mil km na Antártica.
fonte: G1