Para compreendermos como funciona a sociedade atual, fizemos uma leitura de como ela iniciou e foi se transformando através dos tempos.
No início a sociedade era dominada pelo clero e pelos nobres (regime monárquico).
Mais tarde a burguesia (artesãos, pequenos comerciantes, etc) se revoltaram contra os obres e com isso surgiu o regime capitalista, enquanto a classe operária, que era a maioria do povo trabalhava, os burgueses, minoria, concentravam cada vez mais a riqueza e o poder.
As Revoluções Industrial e Francesa contribuíram muito na formação da atual sociedade. Foi com elas que aconteceram as maiores mudanças. Modificou o modo de vida das pessoas, substituição da mão-de-obra pela máquina, aumentaram as desigualdades sociais, desemprego, degradação ambiental fez surgirem doenças, rico cada vez mais rico e o trabalhador cada vez mais explorado, trabalhador passou da servidão ao trabalho assalariado.
Com o trabalho assalariado surgiram as lutas pelos direitos dos trabalhadores que acontecem até hoje.
Uma das classes mais organizadas em busca de seus direitos é a nossa classe a dos trabalhadores da educação. De repente nosso país começou a vivenciar uma perigosa reformulação do seu conceito de família. Várias leis tramitam no Congresso Nacional discutindo questões importantíssimas e revolucionárias.
As mais conhecidas são a ?Lei da palmada? e o famoso PL 122, que discute sobre chamada questão da homofobia. Mas na verdade, o que está por detrás desses projetos de lei?
Há algum tempo tive a oportunidade de fazer um curso sobre cosmovisão e nele conhecemos algo sobre o mecanismo que move o pensamento de uma sociedade.
A dinâmica dos conceitos, dos valores e dos princípios de um povo sempre se move numa perspectiva Teoreferente.
Essa Teo-referência pode ser positiva ou negativa, ou seja, na elaboração dos seus princípios e valores ou a sociedade procurará adequar a sua vida a Deus ou se distanciará cada vez mais dEle.
Deste modo, os projetos de lei, que em última análise são uma forma de ingerência do governo nessa célula mais básica da sociedade ? a família, nada mais são do que o reflexo de uma ação maior que tenta redesenhar nossa cosmovisão sobre a família.
Pode ser, portanto, que estejamos vivendo um período de transição, diabolicamente arquitetado, para destruir conceitos elaborados sob uma base Teo-referente positiva.
Diante disso nossos olhos precisam urgentemente se voltar para os projetos de lei que estão tramitando, sem, contudo perder de vista o foco da verdadeira batalha ? a mudança da visão de mundo da nossa sociedade. Se nos concentrarmos apenas nos projetos eles continuarão sofrendo ?adequações? e, mais cedo ou mais tarde, voltarão ao legislativo, até que enfim, sejam aprovados.
Não obstante as dificuldades em nos articularmos para combater um inimigo tão complexo, creio que algumas coisas podem ser feitas.
a) É hora de resgatarmos aquelas práticas saudáveis, há muito abandonadas, de edificação espiritual do lar. Essas práticas passam pelo culto doméstico. Deste modo preservaremos os nossos filhos de serem educados por essa nova sociedade brasileira;
b) É hora de ocuparmos a mídia, em todos os seus níveis, não apenas para denunciar esse plano, mas para discutir com a sociedade o nosso modelo familiar, sob uma perspectiva Teo-referente positiva;
c) É hora também de reestruturar nossa consciência política para que homens crentes, comissionados por Deus, sejam a voz cristã na mente política brasileira contrapondo-se ao pecado dessa rebelião de maneira
inteligente;
d) É hora de fortalecermos nossas instituições de ensino, desde o conhecimento mais fundamental até o universitário, dando-lhes a oportunidade de refletirem sobre os fundamentos de uma sociedade organizada em torno de valores cristãos.
Edição: Filipe de Sousa
Texto publicado na GAZETA VALE PARAIBANA
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