Terra e Liberdade (Land and Freedom), de 1995, é um de meus filmes preferidos. Belo e comovente, fala sobre um dos momentos mais marcantes da história da humanidade: a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Longe de apelar para o sentimentalismo, o filme, dirigido por Ken Loach, numa co-produção entre Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália, apesar de envolto em toda uma aura de romantismo, como realmente deve ocorrer quando se luta e se acredita num ideal, também mostra como a divisão da esquerda espanhola contribuiu para a sua derrocada no conflito.
A história de David Carr (interpretado por Ian Hart), que se apresenta como voluntário para participar das Brigadas Internacionais no confronto entre republicanos - apoiados por comunistas e anarquistas ? e fascistas, que representavam os setores mais conservadores da sociedade, é narrada em flashback, a partir da morte de Carr, quando sua neta fica curiosa com a descoberta de alguns pertences do avô, como recortes de jornais, cartas, fotos e um punhado de terra enrolada num lenço. A terra árida e amarelada da Espanha, manchada pelo sangue e pelas lágrimas de todo um povo que enfrentou forças mais poderosas e sonhava com justiça e liberdade.
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