Desde que foi noticiado o primeiro caso de violência sobre adolescentes, usuárias das chamadas pulseiras do sexo, ?brincadeira? totalmente inconsequente, venho falando nas turmas acerca das mesmas e dos riscos que estas representam.
Antes mesmo de comentar nas salas de aula, duas alunas que usavam com as referidas pulseiras, deixaram de usá-las assim que souberam - na TV - do estupro de uma adolescente em Londrina (Paraná).
Depois das conversas informais nas turmas tomei conhecimento que o número de alunas usuárias era bem maior. Mas, de uma forma geral, todos perceberam os riscos eminentes de tal ?brincadeira? e descartaram os referidos acessórios.
No entanto, alguns alunos (inclusive do sexo masculino) consideraram o fato como algo isolado e isento de tamanha gravidade enfatizada nos meios de comunicação e na minha conversa com a turma.
Realmente, o assunto merece toda uma atenção especial. Até porque outros casos de violência sexual, com registro - inclusive - de mortes, parecem estar associados ao uso de tais pulseiras do sexo.
De acordo com o que foi publicado, no início deste mês (abril), dois casos de estupro seguido de morte, foram registrados em Manaus (capital do Amazonas). As investigações preliminares apontam que os crimes podem ter sido motivados pelo uso das referidas ?pulseiras do sexo?, uma vez que estas foram encontradas junto aos corpos das vítimas (adolescentes).
O primeiro caso aconteceu no dia 02 de abril e o segundo no dia seguinte, em bairros distintos. Ambos os casos estão sendo investigados pelo Departamento de Homicídios e Sequestros de Manaus. Leia mais sobre estes casos, AQUI!
Esta "brincadeira" foi importada da Inglaterra, na qual o seu início data de 2006. Em nosso país, ela foi introduzida no final do ano passado. -
Outro dia, em uma ?Feira? de roupa e outros produtos instalada em clube próximo a minha casa, eu vi as referidas pulseiras expostas em uma barraca de bijouterias. Em razão disso, torna-se imprescindível que a discussão seja mais incisiva e aberta a todos os membros da Comunidade Escolar. Pois, muitas crianças ou adolescentes podem desconhecer as reais interpretações conferidas a cada cor das pulseiras, assim como muitos responsáveis podem desconhecer também.
Hoje, a manchete do Jornal O DIA trazia estampado a temática. De acordo com a publicação e outras obtidas na Internet, à partir da presente data, o uso tanto das referidas pulseiras do sexo quanto dos bonés está proibido nas escolas da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.
Medida mais do que necessária e oportuna, sobretudo no que diz respeito às pulseiras, mediante os casos registrados.
Segundo a fonte jornalística, as normas acima citada e outras (uso de celular nas dependências da Unidade Escolar, por exemplo) fazem parte do Regimento Escolar, uma resolução da própria Secretaria Municipal de Educação (SME) e ainda será publicada no Diário Oficial.
Apoio e aplaudo tais medidas, mesmo considerando ?ridículo? associar a uma determinada cor de pulseira a um ato sexual. Mas, ignorar que a brincadeira existe e que há pessoas insânias ? mundo afora ? é total irresponsabilidade e desinformação.
E, além da proibição, enfatizo mais uma vez que torna-se imperioso a ampliação dos debates e discussões junto à Comunidade interna e externa, pois corremos os riscos de muitos apresentarem as mesmas posturas que alguns alunos meus mantiveram em relação aos riscos atribuídos ao uso das pulseiras do sexo.
Imagem capturada na Internet (O DIA)