Geografia
Portugal
PORTUGAL - País da Península Ibérica, localizado na parte mais a oeste da Europa, banhado pelo Oceano Atlântico e tendo fronteira apenas com a Espanha. Além da porção continental, fazem parte do território português o arquipélago de Açores e a ilha da Madeira, no Atlântico Norte. Seu nome se origina da expressão latina "Portu Cales", um porto chamado Cales. Com o passar do tempo, o substantivo comum se uniu ao próprio gerando a forma Portucale, que posteriormente se transformou em Portugale e finalmente Portugal.
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Bandeira de Portugal |
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Mapa de Portugal |
Achados arqueológicos relativamente recentes dão conta da povoação das atuais terras portuguesas no Período Paleolítico superior (entre 17000 e 13000 a.C.). Há evidências de ocupação por tribos primitivas na região do Algarve, provavelmente entre os períodos 3500 a 2500 a.C., além de outros povos de épocas proto-históricas e históricas posteriores.
Durante a expansão do Império Romano, a região foi denominada como Lusitânia, constituindo-se em província de Roma, após vitória contra os cartagineses. Com a ocupação romana, os habitantes locais adotaram a língua latina dos conquistadores. Ao longo do Século V, suevos invadiram a região, vindos do Norte, sendo vencidos no século seguinte pelos visigodos. Porém, a partir do ano de 711 da Era Cristã, os árabes dominaram a região, depois de atravessarem o Mediterrâneo. Boa parte das terras portuguesas foram integradas ao Califado de Córdoba, entre os Séculos X e XI.
Dom Afonso Henriques comandou tropas locais dos barões portucalenses e livraram as localidades de Lisboa, Évora e Santarém do invasor mouro. Ele foi coroado como Afonso I, primeiro rei de Portugal, em 1139 (embora a coroa só tenha sido confirmada pelo papa Alexandre III em 1179), sendo cognominado como "O Conquistador" e "O Grande". Em 1249, sob o reinado de Afonso III, a reconquista do território português se consolidou com a definição dos limites do país. Em 1297, ao tempo de D. Dinis, com o Tratado de Alcañices, marcou-se o fim das questões pendentes sobre terras em Portugal. A vizinha Espanha ainda teria a presença árabe por mais algum tempo.
Com o Estado centralizado e unificado, Portugal pôde partir para a expansão marítima comercial e militar. Em 1415, tomaram Ceuta, no Marrocos, importante centro de comércio no Mediterrâneo na época. A partir daí, os portugueses foram se expandindo nos oceanos, graças às novas técnicas de navegação descobertas e desenvolvidas na Escola de Sagres. Em 1434, dobraram o cabo Bojador, no norte da África; em 1488, o Cabo das Tormentas (ou da Boa Esperança), no Sul da África. A partir daí, vários fatos importantes podem ser assinalados: a descoberta do caminho marítimo para o comércio com a Índia, o achamento de novas terras e a presença lusa em todos os continentes e oceanos do planeta.
No último ano do Século XV, no reinado de D. Manuel I, Portugal chegava ao Brasil, com uma frota chefiada pelo fidalgo Pedro Álvares. A colonização da terra só se iniciaria a partir de 1530, com Martim Afonso de Souza. Em 1578, o então rei D. Sebastião desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, onde também morreu ou foi aprisionada boa parte dos fidalgos lusos. Como o rei não tinha herdeiros diretos, a coroa portuguesa acabou nas mãos de seu primo Felipe II de Espanha (Felipe I em Portugal). Começava ali o Domínio Espanhol em Portugal e suas colônias, que duraria até 1640, quando D. João IV, da Casa de Bragança, restaurou a independência e iniciou uma nova dinastia.
No final do século XVII e na primeira metade do século XVIII, com a descoberta de ricos veios de ouro no Brasil, Portugal entrou em período de grande opulência, embora praticamente toda riqueza obtida fosse parar nos cofres ingleses como contrapartida de uma balança comercial totalmente desfavorável aos portugueses. Além disso, com a garantia do ouro de Minas Gerais, vultosos empréstimos foram contraídos, o que fazia com que o metal extraído no Brasil não durasse muito em Lisboa. O então rei D. João V dedicou-se a construir edifícios, palácios e monumentos, ostentando a opulência que as riquezas da colônia lhe proporcionava. Anos mais tarde, sob o reinado de D. José, seu ministro, Marquês de Pombal tentaria organizar as finanças do reino, mas o virulento terremoto na capital portuguesa, em 1755, trouxe mais complicações à economia do reino.
Com a morte de D. José, assumiu sua filha, D. Maria I, que afastou Pombal de suas funções e até de Lisboa. Com a saúde mental abalada, a soberana se distanciou, deixando o governo nas mãos de seu filho, o Príncipe Regente D. João.
Em 1807, Portugal foi invadido pelos exércitos franceses, por ordem do imperador Napoleão I, por não atender à determinação do Bloqueio Continental contra a Inglaterra. Para não ser destronada, toda a Família Real fugiu para o Brasil, escoltada pelos ingleses. Com isso, o Rio de Janeiro passou a ser a sede do império português e assim se manteria até a partida de D. João VI, em 1821.
No ano seguinte, Portugal perdeu a principal jóia da sua coroa, com a independência brasileira conquistada em 7 de setembro. Depois da morte de D. João VI, seu filho, o primeiro imperador brasileiro, Pedro I, abdicou em nome de D. Maria da Glória, mas antes outorgou uma constituição que deveria ser jurada pelo candidato a esposo, D. Miguel, irmão de D. Pedro. Este deu um golpe e anulou a Carta jogando Portugal em uma guerra civil, até ser finalmente vencido em 1834.
A partir daí, o reino português viveria períodos de instabilidade, inclusive sendo afetado pelas ondas revolucionárias ocorridas na Europa naquela época. No final do Século XIX, as ambições coloniais portuguesas entraram em choque com as pretensões inglesas, o que está na origem do Ultimatum de janeiro de 1890. Portugal via gradativamente reduzidas as suas possessões africanas. Neste ambiente de alta instabilidade política, aconteceu o assassinato de D. Carlos e do príncipe herdeiro D. Luís Filipe em 1 de Fevereiro de 1908. A República foi instaurada pouco depois, em 5 de Outubro de 1910, e o jovem rei D. Manuel II partiu exilado para a Inglaterra.
Após vários anos de crises política e financeira (aprofundadas com a participação na I Guerra Mundial), o Exército tomou o Poder em 1926. O regime militar nomeou como ministro das Finanças Antonio de Oliveira Salazar, um professor da Universidade de Coimbra. Posteriormente, em 1932, ele se tornaria Presidente do Conselho de Ministros. O novo governante instaurou um governo forte e ditatorial, criando o Estado Novo, refletindo afinidades com o fascismo. Durante a II Guerra Mundial, Portugal se manteve neutro e não foi incomodado nem pelos Aliados, nem pelo Eixo. Salazar se manteve no poder até 1968, quando se afastou por doença, sendo sucedido por Marcelo Caetano.
A recusa do regime em descolonizar as Províncias Ultramarinas resultou no início da guerra colonial, primeiro em Angola (1961) e em seguida na Guiné (1963) e em Moçambique (1964). Alguns militares de prestígio eram severamente contra a política colonial portuguesa. Este fato gerou retaliações do governo, como o afastamento de alguns generais. Neste clima de descontentamento, os militares arquitetaram o golpe de 1974, a chamada "Revolução dos Cravos".
Desde 1975, o panorama político português tem sido dominado por dois partidos: o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD). Esses partidos têm dividido as tarefas de governar e administrar a maioria das autarquias praticamente desde a instauração da democracia. No entanto, ainda é significativa a participação do Partido Comunista Português (PCP), que detém ainda a presidência de autarquias e uma grande influência junto ao movimento sindical e ao Partido Popular (CDS-PP). Na atualidade, Portugal é membro da União Européia.
Fonte: IBGE
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