Plebiscito no Pará
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Plebiscito no Pará



Hoje é o dia do plebiscito que decide sobre uma possível divisão do estado do Pará. São 4,6 milhões de eleitores que irão escolher se o Pará continua como um único estado ou se, além do surgimento do novo Pará, também serão criados os estados de Carajás e Tapajós.

O foco das discussões ultrapassa o ponto sobre quem sairá ganhando ou perdendo como detentor das gigantescas reservas minerais e da impressionante variedade de recursos naturais existentes no imenso mas desigual território paraense. O distanciamento do poder decisório e a questão da distribuição de riquezas ganham força como elementos cruciais no amplo debate que envolve a disputa entre o ?não? e o ?sim?. Uma dessas vertentes é a visível oposição entre campo e cidade, num confronto entre o setor de serviços, concentrado na região metropolitana de Belém, contrária ao desmembramento, e o agropecuário, que apóia a separação como uma alternativa de melhorias de infraestrutura para o setor rural e para o interior como um todo.

As urnas eletrônicas que serão usadas no plebiscito de consulta sobre a divisão do Pará neste domingo estão programadas para exibir duas perguntas:

1) Você á favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?

2) Você á favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?

Para ambos os casos, o eleitor tem as seguintes alternativas como resposta:

NÃO (55)

SIM (77)


Leia a seguir o texto de Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil, que explica em detalhes todo o processo que envolve a fragmentação do Pará.

Cerca de 4,6 milhões de paraenses vão às urnas hoje (11) para decidir sobre a divisão do estado. O plebiscito poderá desmembrar o território do segundo maior estado do país em até três partes: um Pará remanescente e duas novas unidades da Federação, Carajás e o Tapajós.

Se aprovado no plebiscito, o Tapajós, no oeste  do Pará, vai ficar com 59% da área do atual estado, divididas em 27 municípios, com população total de 1,2 milhão de habitantes. O novo estado nasceria com Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 6,4 bilhões.

Tapajós seria o mais ?verde? dos estados resultantes da divisão do Pará, com grande parte do território protegida em unidades de conservação e terras indígenas. No entanto, herdaria a polêmica obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída nos limites do novo estado. Caso a criação do Tapajós seja aprovada, as cidades de Santarém e Altamira são as principais candidatas ao posto de capital.

Já Carajás, no sul do estado, ficaria com 39 municípios, 24% do atual território do Pará e 1,5 milhão de habitantes. Polo de exploração mineral de ferro e cobre, o novo estado teria PIB de R$ 19,6 bilhões. Mas já nasceria com alguns dos piores indicadores sociais do país.

A região de Carajás concentra os maiores índices de violência no campo e registros de trabalho escravo do estado. Provável futura capital do novo estado, Marabá está entre as cinco cidades mais violentas do país e é a campeã de homicídios em municípios com mais de 100 mil habitantes, de acordo com o Mapa da Violência, do Ministério da Justiça.

O Pará remanescente vai ter apenas 17% do tamanho atual, mas ainda concentraria 78 municípios e 4,5 milhões de habitantes. Também teria o maior PIB entre os três estados atingindo R$ 32,5 bilhões.

A divisão do Pará é um pleito antigo de regiões distantes da capital, Belém, áreas com vocação econômica, composição populacional e cultural muito distintas. Para os defensores da criação dos novos estados, a divisão só confirmaria diferenças que já existem. Segundo os separatistas, o atual tamanho do Pará, 1,24 milhão de quilômetros quadrados, dificulta a gestão e limita o desenvolvimento de regiões que estão longe da capital.

Os críticos da separação, concentrados na região metropolitana de Belém, argumentam que a divisão criaria estados deficitários e novos custos para a administração federal. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimou que Carajás teria déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual; Tapajós, de R$ 864 milhões; e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões.

Além de mudar a configuração do mapa do Brasil, caso seja aprovada nas urnas, a divisão do Pará também vai alterar a composição do Congresso Nacional. Para que os parlamentares dos novos estados tenham assentos na Câmara e no Senado, outros estados perderiam vagas. No Senado, por exemplo, a bancada da Região Norte ganharia seis senadores e passaria a ser o triplo da bancada da Região Sul.

Se a separação for aprovada no plebiscito, a criação dos estados ainda passará pelo Congresso e terá que ter a sanção da presidenta Dilma Rousseff. Há pelo menos mais 13 projetos em discussão no Parlamento que propõem consultas para a criação de mais cinco estados e quatro territórios no país.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Pará, 18 mil urnas eletrônicas serão utilizadas para o plebiscito, em 14.281 seções. Cerca de 7 mil homens farão a segurança da votação nos 144 municípios do estado. Tropas federais vão reforçar a segurança do pleito em 16 municípios, entre eles Altamira, Santarém, Marabá, São Félix do Xingu e Anapu. A venda de bebidas alcoólicas está proibida entre as 8h e as 18h de domingo.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-12-11/eleitores-do-para-decidem-hoje-sobre-divisao-do-estado-em-tres

Campanha nacional sobre o plebiscito no Pará





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