Geografia
Palácio Monroe
Um dos maiores crimes contra o patrimônio cultural brasileiro foi, sem dúvida, a demolição, em 1975, do Palácio Monroe, situado bem ao lado do Passeio Público, em pleno coração da cidade do Rio de Janeiro.
Eu que tinha apenas onze anos de idade na época, infelizmente não possuo nenhum tipo de lembrança sobre o prédio, nem um flash sequer, a não ser a sua localização e alguns relatos de parentes e amigos.
Confesso também que tinha ?comprado? a idéia de que o grande vilão da história eram as obras do metrô (que na verdade passa ao lado de onde era o prédio), o principal responsável pela derrubada do Monroe, para passar sob a Cinelândia rumo à ?estação progresso?.
Junto com o Teatro Municipal, a Câmara dos Vereadores e a Biblioteca Nacional (sem esquecer do Museu Nacional de Belas Artes logo ao lado), o Monroe formava um quadrilátero de grande beleza e importância histórica.
Quando ainda morava no Rio e trabalhava ali por perto, gostava de caminhar pela ?cidade? (como os cariocas chamam o Centro), observar o movimento e o corre-corre dos transeuntes, o contraste tão visível entre o novo e o antigo e imaginar as histórias contidas naquelas ruas e praças.
Projetado pelo general Francisco Marcelino de Souza Aguiar para representar o Brasil na Exposição Internacional de Saint Louis, que comemorava os cem anos de aquisição do território da Louisiania pelos Estados Unidos, o Palácio Monroe (que foi assim batizado por sugestão do Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores, em homenagem ao presidente estadunidense James Monroe, criador do Pan-Americanismo), o Palácio, que abrigou a Terceira Conferência Pan-Americana, foi totalmente transportado para terras brasileiras e reconstruído na então avenida Central ? atual avenida Rio Branco -, servindo como palácio de exposições, Câmara dos Deputados, Senado Federal, sede provisória do Tribunal Superior Eleitoral durante o Estado Novo, de novo como casa do Senado, até que, com a mudança da capital para Brasília, ser utilizado como representação do Senado.
Depois disso, mesmo com toda resistência para a sua preservação, uma pesada campanha liderada pelo jornal O Globo, que avalizava a posição do presidente Geisel, que, segundo as más línguas, não nutria os melhores sentimentos pelo general Souza Aguiar, filho do autor do projeto orginal do Palácio, acabaram fazendo com que o mal prevalecesse, até que se chegasse a derradeira e definitiva ordem de demolição do Palácio.
Coisas dos gorilas da ditadura e das mentalidades mais retrógradas que não se cansam de infestar o nosso país.
Como pode um país que não preserva a sua memória querer vislumbrar um futuro promissor?
Leia mais sobre assunto em:http://www.almacarioca.net/rio-antigo-palacio-monroe/
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