Os Carbonários
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Os Carbonários



Nunca levei muito a sério a velha máxima que diz que livro não se empresta até darem sumiço a um extremamente marcante na minha juventude, Os Carbonários, de Alfredo Sirkis.

Eu, um autêntico filho da revolução, pois nasci exatamente no ano do golpe que instaurou a ditadura militar em nosso país, cresci imaginando sobre como seria viver em um país diferente daquele que a minha geração estava acostumada a ver.

Os ventos do processo de redemocratização acalentavam os sonhos de mudança e de um futuro de liberdade e prosperidade, mas ainda se sentia no ar os resquícios dos dias mais duros da repressão.

Mesmo no início dos anos 80 não se tinha tanta facilidade de acesso aos mais diversos assuntos como temos agora. A censura ainda ditava as regras do que poderia ser mostrado. Certos temas, principalmente os mais recentes, eram conversados meios às escondidas e considerados tabus, como a luta armada.

Sirkis sob disfarce no auge de sua juventude

O livro, cujo nome se inspira em uma sociedade secreta revolucionária que lutava pela unificação da Itália, no início do século XIX, representa muito mais do que o relato de um jovem que abdicou de uma vida confortável de rapaz de classe média da zona sul do Rio de Janeiro para se engajar em um causa que só podia mesmo ser movida por um forte sentimento de idealismo e de liberdade.

Sinopse:

Considerada a melhor história dos anos de chumbo, vencedora do Prêmio Jabuti, a narrativa de Sirkis se refere a um período de 43 meses, entre outubro de 1967 e maio de 1971. Um relato sobre o movimento estudantil de 1968 e seu esmagamento pelo regime militar; como um jovem secundarista se torna um guerrilheiro urbano; o sequestro dos embaixadores da Alemanha e da Suíça e a libertação de 110 presos políticos; as façanhas e os dilemas de Carlos Lamarca; a crise e a destruição da guerrilha. Um testemunho real, eletrizante e cheio de suspense.

 Sirkis e Marina Silva

Leia o pós-prefácio, escrito em 1998, dezoito anos depois do lançamento da primeira edição, em que o autor, um dos fundadores do Partido Verde (PV), revive suas memórias e lança um outro olhar para aqueles anos negros de nossa História, mas, contudo, sem abandonar aquele brilho de quem não acredita no impossível.


Em seguida, dê um salto de dez anos no tempo e acompanhe o que Sirkis escreveu em 2008, quando do lançamento da edição de bolso, também pela Editora Record.

http://sirkis2.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=3783463&canal=258&total=7&indice=0

http://www2.sirkis.com.br/noticia.kmf?noticia=7261927&canal=258





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