O Secretário-Geral, Ban Ki-moon explicou num discurso que o objetivo do evento, que será marcado em 2011 é fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais. Numa entrevista à Rádio ONU, de Cabo Verde, antes do lançamento, o historiador guineense Leopoldo Amado, falou sobre a importância de se conhecer as origens africanas, ao comentar o trabalho feito com quilombolas no Brasil. ?Esses novos quilombolas têm efetivamente o objetivo primordial de fortalecer linhas de contato. No fundo restituir-se. Restituir linhas de contatos, restituir aquilo que foi de alguma forma quebrada, aquilo que foi de alguma forma confiscada dos africanos, que é a possibilidade de reestabelecer a ligação natural entre aqueles que residem em África, que continuam a residir em África e a dimensão diaspórica deste mesmo resgate. A dimensão diaspórica da África é efetivamente larga e grande?, disse. Ban lembrou que as pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de terem negados seus direitos básicos à saúde de qualidade e educação. A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavoradora não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pelo desrespeito à humanidade. O Secretário-Geral concluiu a mensagem sobre o Ano Internacional para os Descendentes de Africanos, a lembrar que a Declaração deDurban e o Programa de Ação que pede aos governos para assegurarem a integração total de afro-descedentes em todos os aspectos da sociedade. http://africas.com.br/site/index.php/archives/6568 |