O novo ataque contra os trabalhadores não deve passar!
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O novo ataque contra os trabalhadores não deve passar!


PAME convoca todos os trabalhadores a levantarem-se e irem à greve a 23 de Junho
Com o decreto presidencial promulgado na quarta-feira pelo ministro do Trabalho, o governo cria a mais bárbara selva nas relações de trabalho. Ele procura assestar uma pancada decisiva nos direitos dos trabalhadores. Ele aplica as instruções do memorando, que foram promovidas pelo governo, pela UE e pelo FMI.

Segundo estas medidas:

Ao mesmo tempo, o governo, a UE e o FMI demolem os direitos do povo à segurança social e às pensões, abolindo pensões e substituindo-as por uma ajuda de custo (allowance) e forçando o povo a trabalhar após os 65 anos de idade. Além disso, eles cortam e comercializam cuidados de saúde.



KKE: o povo trabalhador deve perceber a profundidade do ataque

O KKE respondeu imediatamente a estas medidas. A secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, deu uma conferência de imprensa sobre estes desenvolvidos em enfatizou:

"A elevada dívida pública não foi criada pelos empregados e o povo mas sim pela alta lucratividade, os enormes subsídios do estado, os privilégios e os cortes fiscais aos grupos de negócios. Os grupos de negócios são saqueadores. Nos dias de hoje, eles são os credores do governo grego. Eles participaram na elaboração do grotesco memorando anti-povo. O povo grego não deve reconhecer e respeitar a dívida e nem o memorando.

"Perguntamos ao governo e pessoalmente ao primeiro-ministro o que as dezenas de milhares de famílias trabalhadoras deveriam fazer quando não forem capazes de pagar as contas, as portagens, os impostos, quando não forem capazes de comprar o alimento necessário para as suas famílias. O que fará o governo? Será que enviará todos para a prisão?

"O povo deve declarar guerra à guerra do governo PASOK, da plutocracia, da UE e do FMI que é constantemente intensificada. Os trabalhadores são transformados em exércitos de famélicos.
"O Decreto Presidencial sobre relações de trabalho demonstra que o governo e seus aliados estão literalmente sem hesitações. Eles são os coveiros dos ganhos remanescentes das pessoas. Eles impõem um regime Dachau para o resto da vida. As pessoas são condenadas a viver e a trabalhar desde os 15 anos de idade até serem idosos para uma única finalidade: alimentar o Minotauro capitalista. As medidas para as relações de trabalho e o sistema de segurança social que eles promovem condenam o povo a trabalhar por um salário mínimo, pensão e cuidados de saúde.

"Há uma desregulamentação do patamar de demissão, uma redução drástica dos pagamentos por indisponibilidade, uma legalização das permissões por emprego não registado para jovens, os quais são conduzidos à escravidão da aprendizagem com um salário de fome de 592 € bruto – 470€ líquido!

"O desmantelamento do sistema de segurança social, o aumento drástico das idades de reforma para todos e ainda mais para as mulheres trabalhadores e a redução drástica de pensões condena os trabalhadores a trabalharem 40 anos sucessivos a fim de receberem um auxílio ao invés de uma pensão. Estas medidas realmente abolem pensões impõem cortes drásticos no cuidados de saúde.

"O povo trabalhador e seus filhos estão condenados a um pesadelo de insegurança, a uma árdua luta a vida toda pela sobrevivência.

"Os trabalhadores precisam perceber a profundidade e a ferocidade da ofensiva contra a sua classe. O governo, o LAOS que o apoia fortemente, o ND que consente, objectivam servir os interesses e necessidades do grande capital. O seu objectivo é fazer os trabalhadores pagarem pelas consequências da crise capitalista, pela qual não têm qualquer responsabilidade, e assegurar os futuros altos lucros e o fortalecimento do capital grego. Eles aboliram os ganhos que restavam aos trabalhadores a fim de dar um sopro de vida ao terminalmente doente modo de produção capitalista. O capitalismo está obsoleto, apodrecido e parasitário. Ele não pode ultrapassar suas contradições inerentes e portanto tornar-se mais agressivo em relação à classe trabalhadora, os empregados por conta própria, os pequenos e médios empresários.

"O dever dos trabalhadores e da juventude para com o seu presente e seu futuro é não render-se ao governo, aos partidos burgueses e aos mecanismos da burguesia. Agora, eles devem resolutamente, tenazmente e de um modo organizado resistir às medidas capitalista bárbaras. Advogar pelos seus direitos e ir à ofensiva.

"O KKE apela à classe trabalhadora, à juventude, às mulheres, aos pensionistas e aos camponeses pobres a unirem as suas forças numa unidade decisiva para a batalha. Devemos impedir estas medidas e derrotar a política anti-povo e os seus executantes. Deixemos de enganar-nos, o desenvolvimento capitalista só leva à adversidade e ao sofrimento, à exploração selvagem da juventude e ao abandono dos idosos.

"É preciso uma frente unida de luta por um caminho de desenvolvimento que sirva as necessidades do povo ao invés da lucratividade dos monopólios. Nesta via, a classe trabalhadora e o povo ganharão os seus modernos direitos à vida".

O PAME apela a uma greve geral de 24 horas à escala nacional

A classe trabalhadora e o povo não são responsáveis pela dívida. O PAME (Frente MIlitante de Todos os Trabalhadores) apela a uma Greve Geral Nacional, em massa e militante, a 23 de Junho. O PAME urge os trabalhadores a abandonarem a liderança sindical conciliatória do GSEE e do ADEDY (confederações dos sectores privado e público, respectivamente), os quais vergonhosamente, acerca destas medidas do governo, declararam: "Nos lugares onde estas medidas foram introduzidas, a competitividade não aumentou, os preços dos alimentos não caíram, o número de empregos não aumentou"!!! Eles meramente descrevem o decreto como "inconstitucional e inaceitável".

O PAME, ao contrário, emitiu uma declaração orientada pelo sentido de classe: "O 23 de Junho será uma resposta maciça, decisiva e militante. Todos vão à greve. Nós podemos travá-los. Os sindicatos devem organizar a luta nos lugares de trabalho. Os trabalhadores de todas e cada uma das empresas devem tomar parte na greve a fim de responder com êxito ao crime contra os direitos da classe trabalhadora".

Na quinta-feira, 17 de Junho, foram efectuadas reuniões em todas as principais cidades do país. Foi dada uma resposta inicial. As exigências dos trabalhadores são:

Cancelar as leis contra o seguro social.
O original encontra-se em http://inter.kke.gr/News/2010news/2010-06-18-info

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .




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