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Estado Islâmico toma 16 aldeias curdas no norte da Síria; curdos pedem ajudaComandante de um grupo armado curdo disse que militantes usaram até tanques no ataque perto da cidade de Ayn al-Arab
Combatentes do grupo Estado Islâmico conquistaram 16 aldeias curdas no norte da Síria, em um grande avanço na direção da cidade de Ayn al-Arab, situada na fronteira com a Turquia, segundo disseram nesta quinta-feira (18) um comandante curdo e um grupo que monitora a guerra civil no país.
Reuters Membros do Exército feminino treinam habilidades de combate antes de combaterem o Estado Islâmico em acampamento militar no Iraque
Ocalan Iso, um comandante do grupo armado curdo YPG, disse à Reuters que os combatentes do Estado Islâmico usaram armas pesadas, incluindo tanques, no ataque perto da cidade de Ayn al-Arab, conhecida como Kobani em curdo.
O fundador do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Rami Abdulrahman -grupo que monitora o conflito- afirmou que as aldeias foram capturadas em um avanço do Estado Islâmico iniciado na quarta.
"Eles têm um grande número de combatentes", afirmou Abdulrahman à Reuters por telefone.
Combatentes curdos sírios têm apelado por ajuda militar de outras organizações curdas na região para repelir o avanço do Estado islâmico no norte da Síria, perto da fronteira turca, disse um oficial militar curdo nesta quinta.
EUA em dúvida sobre ação terrestre
Alguns conselheiros militares dos Estados Unidos poderão acabar na linha de frente na luta contra os militantes do Estado Islâmico, voltou a dizer a Casa Branca na noite de quarta-feira, apesar de o presidente Barack Obama prometer que os EUA não lutarão novamente por terra no Iraque.
A Câmara dos Deputados deu sinal verde a um elemento-chave da estratégia de Obama contra o Estado Islâmico, dando autorização para o Pentágono treinar e armar os rebeldes sírios moderados para combater os militantes islâmicos radicais. A legislação agora vai para o Senado.
Obama, que passou grande parte de sua presidência se distanciando da guerra do Iraque, destacou que os ataques aéreos seriam a contribuição central americana na luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, juntamente com a coordenação de uma coalizão, que ele disse agora incluir mais de 40 países.
"Eu quero ser claro. As forças norte-americanas que foram destacadas para o Iraque não têm e não terão uma missão de combate", disse Obama em um discurso na Base da Força Aérea MacDill, em Tampa.
Seu porta-voz, Josh Earnest, disse que alguns conselheiros militares dos EUA poderiam ser destacados para linha de frente para ajudar diretamente as forças de segurança iraquianas e coordenar ataques aéreos, mas ele disse que eles "não estarão pessoalmente ou diretamente enfrentando o inimigo".
A possibilidade de soldados norte-americanos operarem em posições avançadas com forças locais levantaram preocupações de que Washington, que retirou suas forças de Bagdá em 2011 após oito anos de conflito, poderia voltar a ser arrastado em comprometimento maior.
Na terça-feira, o general Martin Dempsey, chefe das Forças Armadas dos EUA, levantou a possibilidade de tais eventuais implantações na linha de frente durante uma audiência do comitê.
"Caso a caso"
"Se o general Dempsey tivesse determinado que seria necessário colocar alguns dos conselheiros norte-americanos na linha de frente, então ele traria essa opção para o presidente, e o presidente disse que iria considerar isso caso a caso", disse Earnest a repórteres que viajavam com Obama no Air Force One.
A Câmara dos Deputados aprovou a medida autorizando o plano para armar rebelde sírio, apesar de alguma resistência por parte dos republicanos e democratas, alguns dos quais expressaram preocupação sobre ser sugado de volta para a guerra no Iraque. O Senado deve também aprovar o plano até o final da semana. Ele vai durar até 11 de dezembro.
Os Estados Unidos lançaram mais de 160 ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico no Iraque e Obama autorizou ataques semelhantes contra redutos do grupo na Síria.
Mais de 1.600 conselheiros norte-americanos foram enviados para ajudar as forças iraquianas, mas Obama não quer que eles se envolvam em combate terrestre para evitar a repetição da guerra do Iraque iniciada por seu antecessor republicano, George W. Bush.
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