Povo marcado por uma fé inabalável, as preferências religiosas do brasileiro vem sofrendo profundas alterações nas últimas cinco décadas, segundo números coletados e apresentados pelo IBGE.
Tradicionalmente, o Brasil sempre foi considerado como o maior país católico do mundo. A acentuada queda dos praticantes dessa religião em nosso país e, paralelamente, o crescimento vertiginoso de evangélicos refletem que, se determinados segmentos religiosos não acompanharam o ritmo das profundas transformações ocorridas em nossa sociedade, outras, como as evangélicas de origem pentecostal, conquistaram seguidores ao adotarem uma postura mais tolerante (para alguns, oportunista) em um mundo em que a diversidade se torna cada vez mais presente.
Não é à toa que, entre 1960 e 2010, a porcentagem de católicos caiu de 93,1% para 64,6%, enquanto que a proporção de evangélicos passou de 4% para 22,2%.
Herança da presença do colonizador em nossas terras, por maior que fosse o número de praticantes do catolicismo, nem tão antigamente assim, quase todos se declaravam católicos com receio de sofrerem algum tipo de discriminação ou perseguição.
Hoje, ao mesmo tempo em que as pessoas tem coragem de assumir publicamente suas convicções e o direito à liberdade de credo não se restringe apenas ao papel, é interessante perceber que 15,3 milhões de cidadãos, quase 8% do total da população, afirmaram não ter nenhuma religião, sendo que, destes, 615,1 mil afirmaram ser ateus e 124,4 mil, agnósticos.
Leia mais sobre o que diz o IBGE em relação ao perfil religioso do brasileiro:
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2170&id_pagina=1
Tabela do IBGE com dados atualizados sobre as preferências religiosas do brasileiro:
ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/tab1_4.pdf