Diante da tragédia ocorrida fora e, sobretudo, no interior da E. M. Tasso da Silveira, em Realengo, bairro da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, acredito que todos os profissionais da Educação discutiram o assunto no âmbito de suas respectivas Unidades Escolares. Inclusive, em sala de aula, pois a maior parte do segmento aluno se mostrou indignado e estarrecido com o ato violento e covarde do atirador e ex-aluno, Wellington Menezes de Oliveira (23 anos) sobre os estudantes da referida escola pública municipal.
Assim transcorreu nas escolas, nas quais me encontro lotada e, pelo menos, nas duas em que trabalhei no final da semana passada, o referido assunto predominou nas discussões dos grupos.
Não só pela excepcionalidade do caso, uma vez que nunca houve algo parecido em termos de ataque a um grupo de alunos dentro de uma escola, mas, sobretudo, pela faixa etária dos mesmos e do fato da grande maioria das escolas se verem susceptíveis a um ato criminoso como este, ainda mais quando há um evento festivo aberto à comunidade externa.
No julgamento de um grupo significativo de professores, o fator principal que assinala o perfil de indivíduo como o de Wellington Menezes é de um doente mental. O bullying foi descartado por muitos professores, de ambas às escolas, que trabalhei nesta última semana, após a tragédia.
Em minha opinião e, nisso, eu concordo com a maioria dos especialistas, a condição de vítima de bullying, no passado, também assinala o perfil destes indivíduos, mas é claro que atrelado a isso se encontra uma condição de anormalidade, de transtorno emocional, mental.
E, neste aspecto, quero deixar bem claro que isso não é uma regra, ou seja, que todos os indivíduos que sofrem bullying, hoje, ou já foram vítimas serão um atirador de massa em potencial. Não se trata disso, de jeito nenhum! Assim, como em relação ao doente mental.
Alguns pontos foram consenso no grupo, tais como: primeiro, que muitos responsáveis (principalmente, as mães) não aceitam a indicação de uma consulta a um profissional na área de psicologia para os seus filhos, alegando que os professores estão errados na sua avaliação comportamental sobre os mesmos e, segundo, que as Unidades Escolares deveriam contar com o apoio profissional de um psicólogo.
Uma professora, amiga minha, disse-me que o ideal seria na Unidade Escolar, porque os responsáveis sempre passam a versão deles, ignorando o Relatório elaborado pelo professor em sala de aula. Estando este atuando na escola, o diagnóstico fica mais fácil.
Temos muitos alunos introspectivos, que ficam no seu canto, sozinho e, por mais que façamos com que haja uma maior socialização entre eles e o restante da turma, a sua postura e perfil favorece a prática de bullying, estando este ? é claro - na condição de vítima.
Muitos especialistas apontam os efeitos negativos do bullying sobre o aluno, inclusive, como fator da infrequência, da evasão escolar e até de suicídio. A cabeça de cada um reage de uma maneira. Há aqueles que sofrem e depois superam, mas há aqueles que continuam alimentando a mágoa e o constrangimento de ter sido humilhado em público.
E se este ainda tiver o agravante de ser um indivíduo com transtorno mental, se não houver uma atenção especial e tratamento com profissionais da área de saúde, pode-se ter ? em um futuro não muito distante ? reações de agressividade sem justificativa aparente.
Eu não sou especialista, mas acredito que estes fatores podem sim interferir e alimentar um perfil perverso na sociedade.
Cabe não só aos professores, mas ? sobretudo ? aos responsáveis observarem o comportamento dos filhos a fim de se evitar problemas no futuro, encaminhando os mesmos a uma consulta ao psicólogo ou neurologista.
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