Em minha recente viagem ao nordeste, vi muitas coisas que não se vê por aqui. É outra cultura, bem diferente da ?nossa? (gaudéria). Minha impressão é que, do Rio de Janeiro para o Norte, é se vê o verdadeiro Brasil. Alegre, descontraído, trabalhador e simpático. O povo nordestino tem jeito para tudo.
Quando estive em Maceió, como faço sempre por onde ando, gosto de ir a onde o povo está. O centro histórico das grandes cidades é repleto de vida e, Maceió, não deixa nada a desejar neste quesito.
Estou falando aqui de algo quase surreal: a famosa Feira do Rato.
Nesta feira, vende-se de tudo, concerta-se de tudo, e as pessoas que ali vão, parecem não se importar e até se divertem com o trem que, de meia em meia hora, insiste em atravessar bem pelo meio da feira.
Na área onde está localizada a Feira do Rato, está projetada uma linha de um Veículo Leve sobre Trilhos, que viria para substituir o tradicional trem da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Inicialmente, a CBTU espera concluir as obras do VLT de Maceió em 2010, sem precisar a data. No total, estão previstos 36 km de linhas - 32 km substituirão a linha de trem que já existe.Com recursos na ordem de R$ 150 milhões já autorizados pelo governo federal, a desocupação da folclórica Feira do Rato, também chamada de Feira do Passarinho, é o principal empecilho para que o projeto tenha andamento. O local foi sendo invadido ao longo de décadas de forma irregular e não-planejada. O trecho ocupado por feirantes às margens dos trilhos é de quase um quilômetro.
Enquanto isso, os negócios continuam.
E o trem, também continua a passar de meia em meia hora.