Geografia
Grécia
GRÉCIA - País europeu, o país mais meridional dos Balcãs, banhado pelo Mediterrâneo, tendo fronteiras ao norte com a Bulgária e Albânia e a leste com a Turquia. O nome 'Grécia' vem da palavra latina Graecia, que, por sua vez, vem do grego graikós, forma alternativa a héllenes, como os antigos gregos também eram conhecidos. Em grego, o país é chamado de Hellás.
Localização: Sul da Europa
Capital: Atenas
Idioma: Grego
População: 11.128.404 habitantes
Extensão Territorial: 131.960 Km²
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Bandeira da Grécia |
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Mapa da Grécia |
Vista por muitos historiadores como o berço da civilização ocidental, a Grécia tem uma longa e rica história durante a qual estendeu sua influência a inúmeras outras civilizações.
Vários artefatos trabalhados em pedra atestam esta conjetura. A análise destas peças, em comparação com outras encontradas em diversas regiões, indica que houve migração de pessoas da Europa Central e até do Oriente próximo no rumo das terras da atual Grécia.
A partir do quinto milênio antes da era Cristã e até o terceiro, povos marítimos procedentes da Ásia chegaram ao litoral e às ilhas gregas. Posteriormente, as costas do mar Egeu viram o surgimento das civilizações minóica e micênica, que figuram entre as mais antigas da Europa. A Grécia Micênica é o nome dado à civilização da Idade do Bronze do período Heládico Antigo (este último, geralmente estabelecido entre 2.500-1.900 a.C.). Por volta de 1.400 a.C. os micênios estenderam seu controle a Creta, o centro da civilização Minóica, e adotaram uma forma da escrita minóica para que pudessem registrar sua variante da língua grega. Por volta de 1.100 a.C., a civilização micênica entrou em colapso. Autores gregos antigos costumavam atribuir a causa desse declínio à invasão dos Dórios. Todavia, as evidências arqueológicas que poderiam comprovar esse ponto de vista são escassas. Após enfrentar este período de estagnação, a civilização grega retomou o caminho de pujante crescimento político-cultural, em torno de 800 a.C.
Nesta época, estabeleceu colônias ao longo do Mediterrâneo, especialmente no sul da península itálica, e iria mais longe se não fosse contida por fenícios e etruscos. Os comerciantes gregos, prósperos na época, acharam-se no direito de influir na política, e, efetivamente, a partir do Século VII a.C., houve uma crescente democratização nas estruturas de governo. No Século VI a.C., Sólon, um importante legislador ateniense do período, instituiu a lei escrita, além de um tribunal de justiça e uma assembléia com 400 representantes eleitos mediante suas riquezas pessoais. A democracia foi uma invenção grega, mas, inicialmente, só os mais ricos podiam participar do processo político. Posteriormente, todo cidadão livre teria vez e voz nas assembléias.
Em Esparta, outra cidade-Estado grega, a estrutura de governo era também oligárquica, mas estruturalmente militarizada, onde o exército tinha papel crucial.
Em 540 a.C., os persas, em sua expansão pela Ásia Menor, invadiram e dominaram colônias gregas. Atenas e depois Esparta entraram em conflito com a Pérsia de Dario I. Este evento é conhecido como Guerras Médicas, que culminaram na derrota do exército persa, comandado pelo rei Xerxes I, em meados do Século V a.C.
Ainda neste século, o do ápice da civilização grega, em 446 a.C., o ateniense Péricles fechou acordo com governantes de Esparta, na chamada Paz dos Trinta anos, em que foram reconhecidas as zonas de influência de cada cidade-Estado, representadas pela Liga Ateniense e pela Liga do Peloponeso. Neste período de esplendor, surgiram sábios como Anaxágoras e Sócrates, dramaturgos como Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Aristófanes, e escultores como Fídias. A pujança grega nos campos da Medicina, Astronomia, Geometria e Matemática fizeram com que sua cultura extrapolasse seu território e até mesmo seu tempo. Até mesmo a religião politeísta grega, com seus deuses caprichosos e revelando características e defeitos comuns aos mortais, ultrapassou suas fronteiras, influenciando Roma, e as futuras literatura e arte ocidentais.
Em fins do Século V a.C., a paz entre atenienses e espartanos foi quebrada, gerando as Guerras do Peloponeso, que muito enfraqueceram as duas cidades-Estado. Com esse enfraquecimento, Felipe II da Macedônia invadiu e conquistou toda a Grécia, domínio este que foi mantido por seu filho Alexandre o grande. Com o império alexandrino, a influência helênica foi estendida do norte da África até a Índia.
Após a desagregação do vasto império de Alexandre, os gregos foram conquistados pelos romanos, em torno do ano 168 a.C. Sob o domínio do novo império, a Grécia viu findar a sua religião politeísta, para dar passagem ao cristianismo, que chegou em suas cidades ainda no Século I d.C e se consolidou a partir do Século III. Com a separação de Roma entre Oriente e Ocidente, a cultura grega aumentou exponencialmente seu grau de influência na banda oriental do Império Romano.
O Império Grego medieval, ou Império Bizantino, abarcou desde o Mar Adriático e o sul da Itália até o Oriente Médio. Constantinopla se ergueu como herdeira das antigas Grécia e Roma. O Império Grego de Bizâncio também é um dos impérios mais longevos da história, durando quase mil anos ao se estender do século V ao XV. Em 1453, contudo, Constantinopla foi ocupada pelos otomanos. Nesta ocasião, os turcos ocuparam quase todo o Bálcãs e chegaram às portas de Viena.
Os gregos pegaram em armas contra os otomanos em 1821, na chamada Revolução Grega. Os líderes revolucionários, chamados kleftes, se rebelaram com pronto auxílio da Igreja Cristã Ortodoxa. Este conflito só foi encerrado em 1931, ano em que a Grécia alcançou sua independência da dominação turca. Durante o século XIX e princípios do XX, o país combateu em várias guerras contra os turcos e os búlgaros. Suas vitórias permitiram que se expandisse para o norte, integrando populações de etnia grega dentro do Estado grego.
Em 1912, a Grécia entrou na Primeira Guerra Balcânica ao lado da Bulgária, Sérvia e Montenegro contra a Turquia. Um ano depois, a Segunda Guerra Balcânica teve início com o ataque da Bulgária aos três países aliados. A guerra foi definida após a derrocada da Bulgária. Grécia e Sérvia dividiram a região da Macedônia, habitada tanto por eslavos quanto por gregos e outros grupos minoritários.
A Grécia manteve-se neutra durante a Primeira Guerra Mundial. Contudo, em 1936, o general Ioannis Metaxas estabeleceu um regime fundado sobre idéias fascistas que durou até 1941, ano de sua morte e início da ocupação alemã. O Reich alemão foi expulso em 1944, devido à resistência grega e ao enfraquecimento do exército alemão.
Após a saída dos alemães, foi estabelecida uma Regência que durou até 1946, ano em que foi realizado um referendo que restaurou a monarquia. Uma guerra civil entre comunistas e não comunistas começou neste mesmo ano, durando até 1949. Com o fim dessa guerra, foi restaurada a democracia no país. Em 1952, a Grécia ingressou na OTAN, tornando-se, junto com a Finlândia, um país democrático e capitalista. Era o único país balcânico governado por um regime não comunista.
Em 1967 os militares gregos, com ajuda dos americanos, deram um golpe de Estado que estabeleceu o chamado Regime dos Coronéis. Em 1973 foi definitivamente abolida a monarquia e, em 1975, um referendo deu início à República democrática.
O Estado Grego ingressou na União Européia em 1981. Porém, a política externa grega chocava-se com a política da UE, e o país ameaçou repetidas vezes retirar-se da organização, fato que não se concretizou. Em 2001, a Grécia adotou o Euro como moeda. Novas infraestruturas, fundos da UE e rendimentos turísticos em ascensão, sua marinha mercante, seus serviços, suas indústrias elétrica e de telecomunicações trouxeram aos gregos um padrão de vida sem precedente. Tensões continuam a existir entre a Grécia e a Turquia com respeito ao Chipre e à delimitação de fronteiras no Mar Egeu. Todavia, uma série de terremotos ocorridos no início do Século XXI - primeiro na Turquia e depois na Grécia - despertou a necessidade de mútua ajuda e contribuiu para abrandar as relações entre esses dois países, agora com frequentes demonstrações de simpatia e generosa assistência de ambos os lados. No final de 2009, a turbulência econômica internacional se abateu com enorme força sobre a economia grega, fazendo com que o país enfrentasse sua pior crise desde 1993, com um fortíssimo déficit orçamental, tomando empréstimos vultosos dos países da Comunidade Europeia. Foi necessário que o governo tomasse amargas medidas de austeridade para controlar o déficit, e ainda não há sinal de que a crise vá arrefecer.
Fonte: IBGE
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