Expansão do Canal do Panamá
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Expansão do Canal do Panamá



Por sua localização estratégica, o canal artificial com cerca de 80 kmde extensão, já foi alvo de acirradas disputas envolvendo Estados Unidos e Panamá para se definir quem de fato exerceria o controle sobre esse importante ponto de passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico.


Desde a época em que o Panamá pertencia à Colômbia, da qual se tornou independente em 1903, o istmo centro-americano desperta o interesse de potências estrangeiras, que enxergavam em seu domínio e exploração um instrumento de poder no cenário geopolítico mundial.

Hoje, passados quase cem anos de sua inauguração, a ampliação do canal visa dinamizar o comércio internacional e atender as necessidades de modernização de sua infraestrutura pelo intenso tráfego de embarcações de grande calado por essa região, que, só para citar um exemplo, encurta sobremaneira a distância percorrida entre a Ásia e a Costa Leste dos Estados Unidos.


Leia a seguir, matéria escrita por María Gabriela Córdova para Infosurhoy.com, em 09/05/2013.


Expansão do Canal do Panamá avança a todo vapor

Com conclusão prevista para 2015, projeto permitirá que navios pós-Panamax passem de um oceano a outro em 24 horas.

A expansão do Canal do Panamá, gigantesco projeto de US$ 5,2 bilhões, já concluiu pouco mais da metade das obras.

O projeto, que começou em 2007 e deverá estar pronto em meados de 2015, permitirá que o Canal do Panamá tenha capacidade para embarcações muito maiores que as usadas atualmente, conhecidas como Panamax, de acordo com Irvin A. Halman, presidente da Câmara de Comércio do Panamá.

?Esse investimento duplicará a capacidade do canal, aumentará a eficiência operacional e trará benefícios econômicos que vão melhorar a qualidade de vida dos panamenhos?, afirma Daniel Muschett Ibarra, gerente executivo de Planejamento de Recursos e Controle de Projetos para o Programa de Expansão do Canal do Panamá. ?Com a expansão do canal, estimamos que a receita supere os US$ 6 bilhões por ano durante os primeiros 11 anos de operação.?

Depois da expansão, navios pós-Panamax, que têm três vezes a capacidade das embarcações Panamax, poderão cruzar de um oceano a outro através do canal em 24 horas.

Atualmente, os navios Panamax têm dimensão máxima de 32,3 mde largura por 294,1 mde comprimento e capacidade para transportar 4.000 contêineres, enquanto os pós-Panamax medem até 49 mde largura por 366 mde comprimento e podem transportar entre 12.000 e 13.000 contêineres.

Essas imensas embarcações têm tamanho comparável ao do Empire State Building, ou o equivalente a quatro campos de futebol em comprimento e três de basquete em largura, de acordo com Muschett.

A obra consiste, principalmente, na construção de novas comportas ou compartimentos, que funcionam como ?elevadores? para fazer subir o nível da água de forma que os barcos possam atravessar o canal, explica Muschett.

?No momento, estão sendo implantadas estruturas de concreto para a construção de muros e das novas comportas?, diz ele.

As novas comportas terão 427 m de comprimento e 55 m de largura. As atuais têm 320 m de comprimento e 33,53 mde largura.

Graças ao projeto, navios gigantes poderão atravessar os 80 km da passagem em um mesmo dia, em vez do período de 18 a 20 dias necessário para passar de um oceano a outro ao navegar através da Passagem Noroeste ou em torno da América do Sul.

Até agora, o projeto de expansão gerou 28.000 empregos diretos em suas várias etapas. Espera-se que 250.000 empregos indiretos sejam criados até o fim da obra, de acordo com Muschett.

O impacto

Além de ser um divisor de águas no mundo das relações comerciais, a expansão do canal trará ?enormes benefícios? ao istmo a partir dos pedágios e outros serviços relacionados em portos e estaleiros, afirma Halman.

Embora a maioria dos países veja o canal como um meio de encurtar as rotas comerciais, para o Panamá, a obra é a maior fonte de recursos, com lucro de US$ 1,032 bilhão em 2012.

Desde 2000, quando sua gestão foi oficialmente assumida pelo governo panamenho, o canal contribuiu com US$ 7,6 bilhões para os cofres do país, de acordo com Muschett.
Halman lembra que a receita gerada pelo canal é aplicada em iniciativas para reduzir a pobreza e melhorar a segurança e os serviços públicos.

A corrida pela modernização

A expansão também gerou uma espécie de ?corrida? entre os portos da região para aumentar sua capacidade. Assim, eles poderão atender às necessidades dos navios pós-Panamax, diz Muschett.

A expectativa é de que os portos da região sejam beneficiados assim que os navios pós-Panamax puderem utilizar o canal ampliado. Mas, primeiro, eles precisam se adaptar para receber essas megaembarcações, afirma Muschett.

?Aqueles portos que estiverem preparados para receber os navios pós-Panamax que passarem através do canal ampliado serão os que vão se beneficiar dessa ampliação?, afirma. ?Isso trará progresso, não apenas para os nossos portos, mas também para a região, já que os benefícios se traduzirão em mais cargas e, portanto, mais empregos.?
No entanto, a América Central carece da infraestrutura portuária e rodoviária para atender às demandas dos grandes navios que passarão pelo canal no início de 2015, de acordo com um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) publicado em março.

?Na América Central e no Caribe, apenas dois países contam com portos suficientemente equipados para receber os novos navios que vão cruzar o canal após sua ampliação?, aponta o relatório.

Esses portos são Balboa, na costa panamenha do Pacífico; Manzanillo, Colón e Cristóbal, na costa atlântica do Panamá; e Caucedo, na República Dominicana.

Carlos Urriola, vice-presidente do Terminal Internacional de Manzanillo (MIT), em Colón, diz que a empresa planeja investir US$ 270 milhões em 2013.

Já Giovanni Benedetti, diretor comercial da Sociedade Portuária Regional de Cartagena (SPRC), na Colômbia, afirma que investirá US$ 400 milhões nos próximos três anos para dobrar a capacidade do porto e atrair mais embarcações da Ásia.









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