Estudo no rio Tinto pode ajudar na procura por vida em Marte
Geografia

Estudo no rio Tinto pode ajudar na procura por vida em Marte


Um estudo desenvolvidos por Astrobiólogos conseguiu esquematizar como geoquímica e metabolismo estão interligados em ecossistemas de micróbios abaixo da superfície da região do Rio Tinto, na Espanha. A Faixa Piritosa Ibérica na área de Rio Tinto é o maior depósito conhecido de sulfeto já descoberto no planeta, e há várias décadas vem sendo um campo de observação para os cientistas que estudam os micróbios Quimiolitotróficos.
Águas avermelhadas do Rio Tinto, na Espanha
Muitos destes organismos únicos são capazes de sobreviver de forma independente do Sol, pois reunem a energia que precisam para viver a partir do desequilíbrio químico de minerais. Organismos com tal capacidade poderiam ter melhores chances de sobreviver em ambientes em outros mundos, como a profundidade abaixo da superfície de Marte.
?A mineralogia do Rio Tinto é dominado principalmente por ferro, enxofre e minerais como a hematita e jarosita, ambos já descobertos em Marte?, disse Victor Parro Garcia, chefe do Departamento de Evolução Molecular no Centro de Astrobiologia (CAB), na Espanha.
No Rio Tinto, esses microrganismos não precisam do Sol para sobreviver. Para crescer, tudo que necessitam é de ferro, carbono e azoto de CO 2 e N 2 na atmosfera, e alguns sais da água para o crescimento.
O Rio Tinto tem um pH médio de 2,3 (ácido o suficiente para corroer metal). Durante anos, os cientistas acreditavam que a poluição industrial de 5.000 anos de mineração na região foi responsável por esse ambiente hostil. No entanto, quando astrobiólogos começaram a procurar por vida no rio foi descoberto que os microrganismos também desempenharam um papel na acidez por meio de um processo conhecido como drenagem ácida de rochas.
DSCN0047[1]
No início dos anos 2000, a NASA juntou-se com o CAB na Espanha para explorar habitats com vida embaixo da terra no Rio Tinto. Desde então este sítio tem sido utilizado para desenvolver instrumentos para futuras missões a Marte, incluindo técnicas de perfuração.
As profundidades de perfuração variaram entre 5 metros a mais de 166 metros. As amostras foram coletadas em intervalos de um metro e vários testes foram realizados, incluindo extração de DNA, cultivo, atividade de ATP, análise microscópica e análise geoquímica. No total, mais de 200 amostras foram recolhidas.
Os resultados permitiram que a equipe construísse um modelo preliminar de como processos biogeoquímicos operam no subsolo da Faixa Piritosa Ibérica.
Fontes:
NASA
Astrobio




- Notícias Geografia Hoje
Cientistas identificam 'mais antigo pedaço de Marte' na Terra BBC BRASIL  Uma rocha descoberta no deserto do Saara parece ser o meteorito de Marte mais antigo já descoberto, segundo cientistas. Pesquisas anteriores já sugeriam que...

- Notícias Geografia Hoje
Amostra de solo de Marte contém 2% de água, revela estudo Primeira análise do material colhido pelo robô Curiosity encontrou também compostos de enxofre e oxigênio NASA/JPL-Caltech/Malin Space Science Systems Missão do robô Curiosity é descobrir...

- Notícias Geografia Hoje
É possível usar bactérias para minerar em Marte e na Lua?Espécies de bactérias não só podem prosperar em rochas marcianas e lunares, mas também extrair elementos úteis para futuros colonospor Charles Q. ChoiKaren Olsson-FrancisA. cylindrica pode...

- Descoberta Da Nasa Reacende Debate Sobre Vida Em Marte
Cientistas da Nasa encontraram possíveis evidências de vida em um meteorito marciano, reacendendo o debate acerca da vida em Marte. Os sinais vieram em forma de túneis, micro túneis e esferas minúsculas enriquecidas em carbono ? indícios de atividade...

- Sonda Phoenix Recolhe Material Em Marte Que Pode Ser Gelo Ou Sal
05/06/2008 às 02h05m WASHINGTON - A sonda Phoenix recolheu em Marte uma segunda amostra de material que poderia conter sais ou gelo, informaram na quarta-feira engenheiros da Universidade do Arizona encarregados da operação científica da nave....



Geografia








.