Geografia
Estamos mal de currículo?
Durante a última reforma curricular realizada no Departamento de Geografia da UFPR, em 2007, redigi uma proposta de reformulação cujo pressuposto fundamental era o de que o novo currículo deveria ser pensado com o fim de elevar a empregabilidade dos alunos. A maioria dos professores que se manifestou a respeito, porém, disse que o mercado de trabalho, embora importante, não é essencial na elaboração de um currículo (ver aqui).
Entretanto, o problema da empregabilidade dos alunos voltou à baila em reuniões departamentais recentes que trataram do concurso a ser aberto para contratação de um professor para a vaga da Innês, que está se aposentando. A questão foi abordada em pelo menos dois momentos:
- Quando alguns professores da área de geografia humana propuseram contratar alguém que faça pesquisas sobre ensino de geografia, pois um dos argumentos usados em favor dessa proposta é o de que a maior parte dos nossos ex-alunos trabalha no ensino médio e fundamental;
- Quando foi dito, em contraposição a essa proposta, que os alunos formados estão tendo muita dificuldade para se inserir na área técnica, o que denotaria um problema de formação dos bacharéis;
Vale a pena fazer dois comentários sobre esses argumentos. O primeiro deles é que, conforme destaquei na última reunião, parece-me curioso que o mercado de trabalho seja considerado de importância secundária quando se discute a estrutura curricular inteira mas volte a ser lembrado como questão importante no momento em que se debate uma contratação. Será que mudar o perfil de um único professor faz mais diferença do que reestrurturar o currículo todo? O segundo ponto a comentar é que, se os nossos ex-alunos estão mesmo tendo dificuldades para se inserir nas ocupações técnicas, talvez a culpa disso seja do atual currículo. Afinal de contas, se o currículo foi pensado com base na premissa de que a importância do mercado de trabalho é secundária, nada mais lógico do que concluir que os problemas de inserção profissional mencionados sejam frutos exatamente da estrutura curricular assim concebida.
Faz sentido, não?
OBS.: Publicado originalmente em 21 de julho de 2011 no site Geografia em Debate
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