Geografia
Entre os emergentes, estado brasileiro é um dos que menos investem
Entre os emergentes, estado brasileiro é um dos que menos investem
Beatriz FerrariO Brasil tem um dos menores níveis de investimento público do mundo. Com uma taxa que gira em torno de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) há mais de uma década, o país por pouco não amarga a lanterninha nas comparações com outras nações emergentes. É que o Turcomenistão encarregou-se de 'roubar' este título do país. A constatação faz parte de um ranking de 135 países elaborado pelo economista José Roberto Afonso, com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) relativos a 2007. A primeira colocada China investiu, descontadas as empresas estatais, 21% de seu PIB em 2007 (veja quadro).
Mesmo levando em conta as diferentes metodologias e as características sócio-políticas de cada nação, a discrepância é sintomática dos diferentes caminhos trilhados pelos emergentes quando o assunto é investimento público. Ainda que se considere todo o investimento (governamental, empresas estatais e privado), o montante não é suficiente para garantir a produtividade futura, afirma o diretor da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), Geraldo Biasoto.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) brasileira - índice que mede o quanto o país aumentou seus bens de capital - gira em torno de 17% do PIB, em uma média de três anos, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na China e na Índia, as taxas são de 40% e 33%, respectivamente.
A situação é preocupante porque há muitas áreas em que a iniciativa privada não se interessa em investir por conta dos riscos e/ou da baixa rentabilidade, ou nem pode. Além disso, há a questão da alta carga tributária brasileira, que atingiu mais de 36% do PIB no ano passado. Adverte o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel: "Por conta do peso dos impostos, o investimento privado não cresce em níveis satisfatórios".
Taxa de investimento público
de economias emergentes (em % do PIB)*
China – 20,58%
Venezuela – 13,01%
Qatar - 11,68%
Arábia Saudita – 10,20%
Malásia – 10,07%
Emirados Árabes Unidos – 9,16%
Irã- 8,48%
Nigéria – 8,01%
Índia – 7,45%
Bolívia – 7,40%
Tailândia – 6,86%
Colômbia – 6,52%
Bulgária – 6,28%
Indonésia – 5,51%
Paraguai – 5,21%
Rússia – 4,93%
México – 4,52%
Equador – 4,22%
Peru – 4,17%
Argentina – 4,10%
República Tcheca – 4,03%
Turquia -3,37%
Uruguai – 3,06%
África do Sul – 2,66%
Chile – 2,39%
República Dominicana – 1,86%
Brasil – 1,69%
Turcomenistão – 1,19%
*Dados de 2007
Fonte: Estudo do economista José Roberto Afonso com base em estatísticas do FMI
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