Egito
Geografia

Egito


EGITO - País árabe localizado ao norte da África, tendo fronteiras ao norte com o Mediterrâneo; a leste, com a Faixa de Gaza, Israel, Jordânia, Arábia Saudita e o Mar Vermelho; ao sul, com o Sudão e a oeste, com a Líbia. Seu nome em português provém do grego "Aígyptos", que por sua vez provem do egípcio "Há-K-Phtah" ("Morada de Phtah"). 

Localização: Norte da África.
Capital: Cairo
Idioma: Árabe
População: 83.386.739 habitantes
Extensão Territorial:  1.001.450 Km²
Bandeira do Egito
Mapa do Egito
Todavia, o nome mais antigo do país é "Kemet" ("Terra negra"), por conta das terras escuras e férteis depositadas pelas baixas do rio Nilo. A história deste país é uma das mais antigas do mundo, datando sua ocupação humana desde o Paleolítico. Por volta de 8.000 a.C., tribos de agricultores se fixam no Vale do Nilo e dois mil anos depois iniciam uma civilização que floresceria por muitos séculos, alcançando apogeu e posteriormente declinando, sendo invadida por outros povos e até mesmo perdendo seus valores culturais, substituídos pela cultura do dominador. É possível se dizer que o Antigo Egito se desenvolveu como Estado soberano entre 3200 a.C. e 32 a.C., quando o Império Romano o assimilou. 

Os estudiosos costumam dividir a História Egípcia em vários períodos, desde o pré-dinástico e proto-dinástico, passando pela Época Tinita (de 3100 a.C. a 2700 a.C.), Antigo Império (até 2300 a.C.), três períodos intermediários (até 640 a.C.), Época Baixa (até 332 a.C.), até o Ptolomaico (entre o 332 a.C. e o 31 a.C.) e a Dominação Romana, quando efetivamente caiu em decadência. Entre estes, cabe destacar a Época Tinita, quando aconteceu a unificação, por volta de 3100 a.C., dos reinos Alto e Baixo Egito, e o período de apogeu no Império Antigo. Houve 31 dinastias governando o país até que Alexandre, o Grande, invadisse e anexasse o Egito aos seus domínios, iniciando a Dinastia Macedônica (entre 332 a.C. e 304 a.C.). Posteriormente, esta era sucedida pela Dinastia Ptolomaica (de 304 a.C. a 31 a.C.), da qual Cleópatra foi a última soberana.

O Egito foi uma sociedade que cresceu de forma fortemente estratificada, com o faraó no topo da pirâmide, considerado como praticamente um deus. Logo abaixo, vinham sacerdotes, militares e escribas. Na faixa imediatamente abaixo, estavam artesãos, camponeses e pequenos comerciantes, com os escravos - pessoas capturadas nas guerras, que trabalhavam somente em troca de comida e água - na base. A economia do Antigo Egito era eminentemente agrícola, explorando a fertilidade das margens do Nilo, que, embora fossem áreas relativamente pequenas, conseguiam produzir enorme quantidade de alimentos, a ponto de serem consideradas como "os celeiros do Império Romano". Antes de serem dominadas, foram um ativo centro de relações econômicas, conseguindo alimentar toda a sua população e ainda exportavam o excedente. Construtores excepcionais, deixaram obras que atravessaram muitos séculos (pirâmides, templos, estátuas gigantescas). Os egípcios também desenvolveram a escrita, que permitiu transmitir ideias e aspectos de sua cultura através dos tempos. Houve dois tipos de escrita: a demótica - mais simples, utilizada cotidianamente - e a hieroglífica - bem mais complexa, formada por desenhos simbólicos e só decifrada no Século XIX. A religião cultuada pelos egípcios era politeísta, com vários deuses apresentando corpo parte humano, parte animal. Tinham o hábito de mumificarem seus mortos, por acreditarem na vida após a morte. Os sacerdotes faziam constantemente oferendas para garantirem boa safra e ajudar o Estado nas conquistas militares. Cada cidade tinha seu deus protetor, com suntuosos templos em seu louvor. A civilização egípcia sobressaiu à sua época especialmente na área científica. Desenvolveram a matemática, a medicina e até a astronomia. Durante o período em que esteve subjugada pela dominação greco-romana, a cidade de Alexandria tornou-se um dos maiores centros culturais da época, atraindo estudiosos e cientistas de todo o mundo conhecido.

No ano de 642 d.C., O Egito foi conquistado pelos árabes, quando já não havia mais nem sombra do antigo esplendor. Os egípcios da época adotaram a religião muçulmana e a língua do invasor, mesclando-se com o povo árabe. Durante os três séculos seguintes, sob o governo de califas fatímidas, Cairo, a nova capital, tornou-se um dos mais brilhantes centros intelectuais do mundo islâmico, atraindo sábios e estudiosos de todas as partes. Entre os Séculos X e XV, por conta de sua privilegiada posição geográfica, o Egito tornou-se o centro do comércio entre o Mediterrâneo e a Ásia, com forte presença de mercadores venezianos e genoveses. Nem as Cruzadas conseguiram prejudicar a sólida presença comercial cairota. Com o fim das Cruzadas, havia fortes indícios de que o Egito consolidaria sua importância como capital cultural do antigo império árabe. Entretanto, o sultanato dos turcos otomanos começou a se expandir pelo Oriente Médio e sudeste da Europa. Depois de se apoderarem de Constantinopla, em 1453, o próximo alvo comercial seria o Egito, tomado aos árabes no início do Século XVI. Tal fato coincidiu com a descoberta de rotas comerciais marítimas para o Extremo Oriente passando pelo Cabo da Boa Esperança, o que contribuiu para enfraquecer ainda mais a importância econômica e estratégica do Egito, que não mais detinha o monopólio das rotas pelo Mar Vermelho. 

Durante os três séculos seguintes, o Egito otomano seria governado por líderes mamelucos, em nome do poder central turco. Em 1805, Mohammed Ali, um chefe militar albanês (a Turquia dominava a maior parte dos Bálcãs) tomou o poder de forma sangrenta aos mamelucos, estabelecendo um poder centralizado, ampliando, inclusive, a autonomia de Cairo em relação a Istambul. Todavia, seus sucessores não mantiveram a boa administração de Ali, e a situação econômica do Egito voltou a ficar crítica. Pressionado por dívidas, o governo egípcio teve de aceitar a interferência de representantes de economias fortes (leia-se Inglaterra e França), com marcante presença na região. Isto gerou forte reação nacionalista, que levou ao confronto militar com uma frota anglo-francesa. 

Em 1914, quando o Império Turco estava debilitado, o Egito tornou-se protetorado inglês e assim se manteve até 1922. Durante a II Guerra Mundial, o país foi utilizado como base militar britânica. Com o fim do conflito, veio mais um golpe que acirrou o sentimento anticolonialista na região: em 1948, criou-se o Estado de Israel na Palestina. Egito e outras nações árabes empreendem uma guerra contra o novo Estado, mas acabaram derrotados. Em meio a crise nas forças armadas egípcias, militares comandados por Abdel Gamal Nasser e Mohamed Naguib pressionaram o governo e em 23 de julho de 1952, o rei Faruk foi obrigado a deixar o poder com a proclamação da República no ano seguinte. Em 1956, Gamal Nasser assumia a presidência do Egito, iniciando um novo regime nacionalista e socialista. A União Soviética ajudou o país a construir a gigantesca represa de Assuã, uma das maiores do mundo. Em 1955, Nasser ajudou a organizar e liderar a Conferência de Bandung, precursora do Movimento dos Países Não-Alinhados: vinte e nove países afro-asiáticos condenaram o colonialismo, a discriminação racial e a corrida atômica. Em outubro de 1956, com a nacionalização do Canal de Suez, Inglaterra, França e Israel invadiram o Egito. A ONU interveio, e os invasores tiveram que retirar suas tropas. Em 1958, Egito e Síria se uniram criando a República Árabe Unida, que se manteve até 1961, com a saída da Síria, embora o Egito mantivesse o mesmo nome. Em 1967, Nasser, juntamente com os governos da Síria e Jordânia, tentou asfixiar Israel economicamente, que respondeu com a Guerra dos Seis Dias, derrotando o exército egípcio e ocupando a Península do Sinai e a Faixa de Gaza, que pertenciam ao Egito. Com a morte de Nasser, em 1970, o vice-presidente Anwar Sadat assumiu o governo e pôs em prática uma política de abertura com o Ocidente, desnacionalização da economia egípcia, culminando com o rompimento com a URSS. Em 1973, houve novo conflito árabe-israelense, desta vez com graves consequências para o resto do mundo: o preço do petróleo subiu significativamente. Sadat enfrentou crise interna, por conta das piores condições de vida dos egípcios. E enfrentaria uma enorme crise com os demais países árabes por visitar Israel, em novembro de 1977. 

Sadat negociou com o governo israelita, em Camp David, sob a supervisão dos Estados Unidos, e conseguiu recuperar a Península do Sinai. Em 1981, Sadat foi assassinado por militares opositores. Seu sucessor, Hosni Mubarak, ampliou as negociações de Camp David, facilitando ainda mais a abertura da economia egípcia para empresas estrangeiras. Em 1985, o país entrou em crise econômica, agravada pela redução das receitas do petróleo, Suez e do turismo, e pela crescente diminuição da remessa de divisas pelos emigrantes. Em 1990, uma coalizão de tropas de países da ONU invadiram o Kuwait, que tinha sido ocupado pelas tropas iraquianas de Sadam Hussein. O Egito mandou parte de seu exército para a coalizão. Os EUA perdoaram a dívida militar egípcia. Todavia, a dívida externa continuava a crescer, e a qualidade de vida do povo a decair. Várias crises e insurreições aconteceram no Egito, ao longo do final do Século XX e início do XXI. Em 2011, após intensa rebelião popular, Hosni Mubarak é deposto.

Fonte: IBGE




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